O antigo primeiro-ministro angolano fez uma observação com conteúdo completamente desligado dos problemas que o país tem, causados pelo "partido do seu coração", de que já se desligou desde 2009, por causa das suas estratégias que não atendem à necessidade do bom funcionamento do Estado angolano.
Disse também que “várias vezes já expliquei porque é que alguns sinais aparentes de reaproximação não deviam ser considerados”, uma muito pequena minoria de seus seguidores insistem em não apontarem o dedo para o lado onde reside a culpa do descalabro do MPLA, nestas eleições.
“Não estou ainda a comentar se, no global, o partido no poder ganhou ou não estas eleições, porque correm as diligências legais”, adiantou.
Para Moço, justamente porque agem e pensam desta maneira é que a queda do MPLA se acentuará nos próximos tempos, se mantiverem essa filosofia que adoptaram, logo a seguir à paz das armas.
Só que, repara, e infelizmente, se se mantiverem assim no poder, o país continuará a ser vítima deste descambar para o precipício. “Insistam em não resolver o problema do "sistema"; mandem linchar mocos, bentos bentos, governadores e governadoras de Luanda e digam que desta vez vão "trabalhar mais" e o problema não se resolverá”, frisou.
Também, entendeu que não é possível neste espaço entrar em mais exemplos, onde apenas devia se comentar a afirmação do kota Roberto, de se saber se há ou não há predestinados definitivos para os lados certo e errado da História.
“Vejam que, como eu o disse a Pedro Miguel, o que aqui digo não difere muito do que diz Ismael Mateus. Só que ele alimenta sentimentos e esperanças pelo actual MPLA que foi dos últimos anos de JES e esses de JLO. Sentimentos e esperanças que eu já não tenho”, adiantou.
Mas, realça, como ele próprio o disse, ninguém devia ser censurado, muito menos insultado, por causa das opiniões que vai formando, de acordo com as suas experiências de vida. “O tempo não pára e essas avaliações fazem-se de cinco em cinco anos”.