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Segunda, 29 Agosto 2022 08:57

″Seja qual for o desfecho, espero que Angola possa dedicar-se às tarefas do desenvolvimento″ - Durão Barroso

O antigo primeiro-ministro Durão Barroso considera que as últimas eleições em Angola foram um grande momento para democracia. Não querendo comentar os resultados provisórios, que apontam para uma vitória do MPLA, mas com contestação da UNITA, Durão Barroso espera que as divergências sejam ultrapassadas e que Angola se dedique ao desenvolvimento.

"Foi muito importante que Angola tivesse eleições participadas, foi um grande momento para a democracia angolana. Espero que agora, seja qual for o desfecho desta discussão, haja paz cívica em Angola e que Angola possa, em tranquilidade, dedicar-se às grandes tarefas do desenvolvimento", afirmou, em declarações à margem da escola de verão da Comissão Europeia, que este se realiza na Ribeira Grande, nos Açores.

Durão Barroso lembra que esteve envolvido no processo de paz de Bicesse e destaca a importância da realização do ato eleitoral em Angola, um país que ao longo dos anos foi dirigido por um partido único.

"Estive muito envolvido, como mediador, no processo de paz de Bicesse, por isso recordo-me quando Angola vivia uma guerra civil terrível e quando Angola era um regime de partido único. Antes de comentar resultados, temos de pensar que houve eleições, foi um grande momento democrático, uma grande participação do povo angolano. É, sem dúvida, muito positivo que tenha havido eleições em Angola", defende.
A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola aprovou a ata do resultado final das eleições numa reunião que decorreu esta madrugada e na qual se apurou que o MPLA arrecadou mais de metade dos votos reclamados.

Em declarações à Televisão Pública de Angola, o porta-voz da CNE, indicou que foi aprovada a ata do apuramento nacional e que o resultado definitivo será divulgado durante uma sessão solene pelo presidente da comissão durante um ato solene ainda a agendar.

Dos 11.153 votos reclamados, 7925 foram considerados válidos. Destes, foram atribuídos 4360 ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e 2935 à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) com os restantes a serem distribuídos pelos outros partidos.

Segundo dados divulgados anteriormente pela CNE, quando estavam escrutinados 97,03% dos votos das eleições realizadas na passada quarta-feira, o MPLA, no poder desde 1975, venceu as eleições gerais de Angola com 51,07%, seguido da UNITA com 44,05% dos votos. TSF

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