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Quinta, 21 Julho 2022 12:04

Tchizé dos Santos ameaça irmãos com testes de ADN

Tchizé dos Santos, uma das filhas de José Eduardo dos Santos, avançou que vai pedir para que sejam feitos testes de ADN aos filhos do ex-Presidente de Angola e irá e submeter-se também às análises.

"Vou requerer teste de ADN a nós os 8 filhos, só para ver se todos somos mesmo dignos de assinar dos Santos e se todas as mães foram sérias", garantiu uma das filhas do antigo Presidente de Angola à SIC, que tem vindo a causar polémica depois da morte do pai.

À margem do anúncio do falecimento, Tchizé acusou a esposa de José Eduardo dos Santos de o ter abandonado e ter sido negligente com os cuidados de saúde. Três dos seus irmãos são filhos de Ana Paula Oliveira. Agora, a história de discórdia conhece novo capítulo.

É sabido que o ex-líder angolano não deixou testamento, tendo dado a cada um dos filhos aquilo que achava que cada um devia ter”, chamando “cada um a seu tempo”. Um cenário que dificulta a tarefa da justiça espanhola na batalha legal que envolve Governo e a família. Assim, Tchizé dos Santos diz que pretende apenas lutar pela honra e dignidade do seu pai: “Se alguém não foi sério e se o filho não for de José Eduardo dos Santos terá que perder todas benesses. Querem brincar? Então vamos", continuou, citada pela mesma estação televisiva.

Duas fações da família dos Santos disputam, na Vara de Família do Tribunal Civil da Catalunha, quem ficará com a guarda do corpo de José Eduardo dos Santos.

De um lado, está Tchizé dos Santos e os irmãos mais velhos, que se opõem à entrega dos restos mortais à ex-primeira dama e são contra a realização de um funeral de Estado antes das eleições para evitar aproveitamentos políticos.

Do outro, está a viúva Ana Paula dos Santos e os seus três filhos em comum com José Eduardo dos Santos, que reivindicam também o corpo e querem que este seja enterrado em Angola nos próximos tempos.

Esta pretensão é apoiada pelo Governo angolano que anunciou a intenção de fazer um funeral de Estado, mas teve de se contentar com sete dias de luto nacional e um velório sem corpo, enquanto a disputa prossegue nas instâncias judiciais, a três dias do início da campanha para as eleições gerais, tornando-se num facto político que está a marcar a corrida eleitoral.

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