Quinta, 28 de Março de 2024
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Domingo, 07 Novembro 2021 15:47

A louvável (clara ironia!) eficácia do Gabinete de Acção Psicológica da Presidência da República

Em boa hora (pura ironia) foi substituído o GRECIMA do Dr. Rebelais, com aquele irritante caráter discreto, por esse eficaz, eficiente e apresentador do pau com que se mata uma cobra, hoje, por hoje encabeçado por um outro senhor doutor.

Essa estrutura de funcionamento imparável, vai já conseguindo, se tudo correr bem, no programado regresso formal a um estado de partido único com novas roupagens, que as culpas sejam atiradas a figuras emblemáticas de uma UNITA que galvanizava a sociedade para uma renovação de esperanças que começam a perder-se de novo. Eles, os desse gabinete, trabalham com a ideia dos esquecimentos colectivos.

O “povo”, segundo eles – mesmo com o Dr. Lucas Ngonda a reconhecer, recentemente, que havia um Cavalo de Tróia, dentro do partido fundado por Holden Roberto, para o deixar tão enfraquecido como está hoje – já se esqueceu que a aparente crise da UNITA, é obra de uma “obra” ostensivamente pré-anunciada, com os seus “cavalos de Tróia” bem identificados e na sequência de “obras” perfeitas “de arte” anteriores.

Todos já se esqueceram, pensam, da paralização do ímpeto da CASA-CE; da recentíssima inviabilização do sonho de Chivukuvuku; das sacudidelas descaradas ao chão onde uma FPU poderia pousar, para, certamente, começarmos a nos dirigir para o Futuro, na base de avanços (para a frente) e não desse “progresso” para atrás, na base de “empurrões” para baixo.

Que não se fale nunca, apesar da propalada abertura dos Estatutos do MPLA, de um tal Eng. António Venâncio sequer, um MPLISTA de base no activo, que ousa apresentar uma alternativa à actual política de terra-queimada, já que os chamados pesos pesados do M, não se querem envolver em encrencas, não venham a ser apodados de amantes de marimbondos e caranguejos, esses conceitos puramente ficcionados.

A propósito, há gente que pensa que eu também não me candidato por pretensa cobardia. Alguns por puro cinismo e outros, certamente, por desconhecimento de alguns pormenores do meu percurso político-partidário, dentro do MPLA. Por razões claramente apresentadas numa carta pública dirigida à direcção do MPLA, na pessoa do então Secretário Geral, General Dino Matross (consultem na Web), suspendi a minha militância activa nas estruturas do partido, em 2009.

A ideia de que o Presidente João Lourenço me resgatou dessa situação é completamente falsa e resulta de uma operação de marketing que eu facilitei, não ingenuamente, como alguém poderia pensar. Apenas para dar o benefício da dúvida a alguém que tinha chegado à testa do Estado com um novo discurso e que poderia precisar de algum tempo para demonstrar ao que veio. 

Para não matar ninguém com um tedioso texto, neste domingo, apelo à paciência de quem queira entender as minhas posições, lendo, calmamente, os posts que venho deixando aqui, desde 2017. Aqui está o meu gabinete de acção transparente, GAT...

Marcolino Moco

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