De acordo com General Lukamba Gato, os activistas da causa do povo de Kabinda, prevaleceram-seda ocasião das exéquias do Deputado Raúl Danda, na sua terra natal para criarem um facto político.
O general recorda que, perante uma impressionante moldura humana que se apinhou ao longo do trajecto, desde o Aeroporto até ao Salão Multiusos, os activistas, fazendo-se transportar em motorizadas ou mesmo à pé, lembravam às entidades idas de Luanda e não só, que estavam em território de Kabinda e não de Angola.
"Vocês angolanos são maus, pois matam os filhos de Kabinda e os trazem de volta à sua terra, transportados em urnas funerárias. Aqui não é Angola" - gritavam bem alto e sem máscaras os activistas.
Para Lukamba Gato, trata-se de uma reivindicação antiga e com fundamentação política, jurídica, socio-cultural, e mais.
"Eu acho que de facto, os referidos activistas veiculavam um ponto de vista de uma parte importante da comunidade", considerou.
Falando com alguns jovens, o quadro da UNITA disse ter percebido muito melhor os grandes desafios que se colocam às autoridades do país, a respeito do problema de Kabinda que devia ser visto de frente e não com um problema tabu.
"Uma vez mais o diálogo é aqui chamado para se aprofundar o debate e decantar soluções a contento das partes. Apenas uma reflexão em forma [d'aide mémoire]", sublinhou.