José Eduardo Dos Santos teceu tais declarações, quando discursava na abertura da Reunião do Comité Central do MPLA, no Complexo Turístico Futungo II, em Luanda, tendo, igualmente, lembrado o início de um processo em Fevereiro de 2010, com a entrada em vigor da Nova Constituição da República de Angola, processo que envolve o ajustamento de todas as leis e regulamentos, bem como, a elaboração de novos diplomas legais, entre os quais, a lei sobre as autarquias.
O líder do MPLA, ressaltou que, é necessário continuar este trabalho, e talvez, pensar-se na criação de uma Comissão do Partido, que ajude a dar um impulso maior a este processo de reforma do Estado.
“Caros camaradas, a nossa reunião de hoje não analisará os assuntos referentes a governação do país, eles já foram apreciados na reunião que efectuamos há poucos meses atrás, vamos sim nos debruçar sobre a convocatória e todos os documentos relacionados com a preparação e realização do Congresso extraordinário do Partido em Dezembro próximo”, disse.
O Congresso anunciado servirá para balanço e reflexão, que não vai proceder a renovação de mandatos dos órgãos de direcção, renovação esta que só acontecerá no Congresso ordinário previsto para o ano de 2016, sob o lema da “Estabilidade, coesão e afirmação da liderança do MPLA, na sociedade.
O Partido no poder em Angola deve manter a sua mensagem de confiança, imprimindo as aspirações de todos, ou pelo menos da imensa maioria da população, atestou.
A sua proposta de contrato social ou de projectos concretos deve visar a construção do bem-estar e da felicidade para todos.
“Se o partido não acompanhar a evolução social e estagnar pode perder a confiança do povo e a liderança do processo de mudança, neste caso as forças políticas depois de perderem o rumo dos acontecimentos recorrem a promessas irrealistas, impossíveis de concretizar, caindo assim no populismo com a intenção de enganar as massas populares. Deste modo, a inserção do Partido na sociedade, como meio para a condução do processo de transformação social é fundamental para a concretização do seu programa, neste processo devemos distinguir as forças de realização da transformação que são as massas e os elementos portadores do conhecimento científico e técnico da inovação, e da capacidade de enquadramento que são os quadros política e tecnicamente mais preparados e motivados”, disse.
De acordo com o Presidente do Partido, a selecção destes quadros requer uma inserção adequada do Partido no seio das elites do nosso país, em todos os segmentos da sociedade e em todos os domínios do conhecimento e do saber fazer para que possamos obter a colaboração e participação daqueles que queiram contribuir para a construção de uma Angola democrática, próspera e inclusiva.
José Eduardo Dos Santos salientou, entretanto, que neste momento esta tarefa não está concluída, ao contrário da inserção do Partido, no seio das massas populares que é um facto em todo território nacional, faltando, no entanto, tornar mais regular o diálogo entre o topo os escalões intermédios, as bases do Partido e o povo, faltando também comunicar melhor e melhorar o trabalho de educação moral e cívica.
“Com efeito, também no seio dos quadros, o Partido deve reforçar a sua inserção, devemos continuar a prestar uma atenção especial ao trabalho de mobilização dos quadros, dos que estão no país e os que estão na diáspora”, frisou.
O referido tema, de acordo com o Presidente, vai igualmente, dominar os debates que terão lugar no próximo Congresso extraordinário do Partido.
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