Segundo Adalberto Costa Júnior, líder da Bancada Parlamentar do partido do “ Galo Negro” na Assembleia Nacional, a falta de liquidez nos governos provinciais resulta da má planificação orçamental do Executivo Central.
O político disse não acreditar que o país esteja em bancarrota, mas admite estar mergulhado numa profunda crise socio-económica. “Não estamos em bancarrota e faço fé que não a atinjamos, porque será um verdadeiro desastre, se assim ocorrer”, afirmou Adalberto Costa Júnior.
Ele que se encontra em Benguela, há uma semana, à frente de uma delegação do Grupo Parlamentar do seu partido, denunciou que a falta de liquidez nos governos provinciais está a agravar a situação social das populações locais. Este agravamento é reflectido na falta de medicamentos nos hospitais, debilidade no saneamento básico, degradação das vias de comunicação, entre outras situações.
Na opinião deste deputado da Assembleia Nacional, o incumprimento agrava ainda mais as preocupações dos cidadãos que recorrem aos hospitais em busca de tratamento médico.
Para o caso específico de Benguela, o político, que manteve um encontro com o governador de Benguela, Rui Falcão, lamentou o facto de Benguela, dada a sua posição estratégica no país, beneficiar apenas 1% do OGE de 2018. Este orçamento corresponde apenas 80 mil milhões de kwanzas, e a fonte considera-o de exíguo para a execução dos programas em curso na província.
Adalberto Costa Júnior reconhece ser difícil dirigir uma província como a de Benguela que ocupa, no âmbito nacional, a terceira maior concentração populacional, com este orçamento.
“Quem produziu estes documentos estratégicos não se preocupou minimamente em garantir a igualdade de direitos que a Constituição obriga”, afirmou. Concluiu dizendo que o actual OGE promove assimetrias regionais, daí a necessidade de realizar eleições autárquicas para se acabar com esta situação que considerou deplorável. OPAIS