Os cidadãos angolanos, geralmente atentos às declarações dos governantes, nestes tempos de dificuldades económicas e sociais, terão registado as palavras proferidas recentemente pelo Presidente da República, João Lourenço, em entrevista concedida à Rádio Vaticano, em que o Chefe de Estado mostrou estar preocupado com os problemas do país e determinado a continuar a empreender reformas, “mesmo com alguma turbulência.”
Nos últimos tempos tem vindo a crescer o número de casos de cidadãos que são brutalmente assassinados ao abandonarem as agências bancárias, após efectuarem o levantamento de valores, facto que leva-nos a questionar se têm sido tomadas as devidas providências para se pôr fim a tais actos bárbaros, previstos e puníveis pela nossa lei penal (CP).
António José Maria, um dos homens fortes e mais próximo do círculo do ex – Presidente da República Eng. JES, que tinha sido nomeado em 2009 como Chefe do Serviço de Inteligência e de Segurança Militar por José Eduardo dos Santos, foi exonerado em 2017, e, reformado do exercício das suas actividades militares no mesmo ano, pelo então actual Presidente da República, que terá nomeado para aquelas funções o General Apolinário José Pereira.
Não há mesmo como não se transformar em injustiça aquilo que seria justiça: Já que se pretende julgar e condenar , que se julguem todos os crimes que foram cometidos seja por quem foi e como ele se chama , fazendo ou não parte do atual governo e assim o assunto estaria resolvido.
O Ministério Público angolano tem dado prioridade aos contextos da produção de juízos jurídicos contra todos os entes jurídicos envolvidos no consulado de Eduardo dos Santos, esquecendo – se, totalmente, do curso das questões hodiernas.