Na Cúpula EU4-África de 2025, os delegados americanos garantiram aos africanos amizade e apoio aos seus países, mas o que aconteceu na realidade e o que tem acontecido não somente à África?
Os pobres e oprimidos acabam de dar o seu recado aos poderosos de hoje. O MPLA terá entendido a mensagem que lhe foi enviada no sábado passado?
Num país onde a Constituição é lida mas não aplicada, onde os direitos são proclamados mas não respeitados, manifestar-se pacificamente em Angola é como brincar de roleta russa com as forças policiais.
Exprime igualmente a preponderância de uma indústria cada vez mais demandante e lucrativa, e até certo ponto incontornável na visão do desenvolvimento dos países. Por tudo, representa a opção válida; por vezes insuperável na alternativa de transporte ao cruzar diariamente o mundo de modo útil e bastante prático, a velocidades estonteantes com extrema comodidade e segurança.
Nos últimos dias, começaram a aparecer sinais claros de que dentro do MPLA já se está a desenhar o futuro da liderança. Mas não com anúncios oficiais ou discursos bombásticos. Está a ser feito como quase tudo no partido: com silêncio, recados simbólicos e muito jogo de bastidores.
A imagem documenta um dos resultados do balanço da "intervenção moderada da polícia nacional", que segundo o seu porta-voz, foi "positiva", contra manifestantes que apenas fizeram uso de um direito constitucional, sem cometer qualquer acto de vandalismo. Imagine-se se tivessem cometido.
A retirada dos subsídios aos combustíveis em Angola surge não apenas de uma “obsessão ideológica” como sugeriu o Rui Verde no Maka Angola, ou de um desejo do Governo de maltratar as pessoas, porem decorre da facto que material da insustentabilidade do subsidio aos combustíveis em Angola, por conta do aumento acelerado do numero de utentes, ao mesmo tempo que a produção sofre um declínio e o preço do petróleo esta baixo por conta de política comercial praticada pela Arábia Saudita e os EUA. Como podem ver, marchar não muda estes factos.
Adalberto dá lição de liderança, enquanto Higino tropeça no passado — e João Lourenço mente sem vergonha. A semana que começou foi de muitas e tremendas emoções, com factos convexos e desconvexos.