Domingo, 15 de Setembro de 2024
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Sábado, 14 Setembro 2024 13:14

Maçaricos do poder

Em Junho de 2023, o governador de Luanda fez o que pareceu uma denúncia de uma tentativa de corrupção que o teve como alvo. Manuel Homem não arredava o pé no seu obstinado plano de arrumar o comércio em Luanda, o que terá levado alguém a tentar demovê-lo com algumas luvas não quantificadas. Na altura, Manuel Homem não perdeu tempo.

O recente encontro entre o presidente do MPLA com os representantes dos Comités de Acção do Partido, vulgo CAP"s, trouxe à superfície um dado bastante revelador e preocupante: existem em Angola mais estruturas do partido governante do que escolas do ensino público.

O nepotismo, entendido como a prática de favorecer amigos e familiares na distribuição de cargos públicos e em outras esferas de poder, é um fenômeno que pode ter graves consequências para o desenvolvimento de um país.

O PRA-JA Servir Angola anunciou que os trabalhos para a sua legalização junto do Tribunal Constitucional (TC) decorrem de modo normal. Nos últimos meses, representantes do partido de Abel Chivucuvuku e do Tribunal têm trabalhado de modo conjunto e tudo indica que o resultado, desta vez, seja a legalização.

Em Angola, a retórica política frequentemente se distancia da realidade vivida pelos próprios governantes. É comum ver políticos locais inaugurando escolas e hospitais com grande pompa, prometendo melhorias significativas no sistema de saúde e na educação do país. No entanto, quando adoecem ou precisam garantir uma educação de qualidade para seus filhos, muitos desses mesmos políticos optam por buscar tratamentos médicos e instituições de ensino no exterior.

Quinta, 05 Setembro 2024 14:48

João Lourenço do lado errado da crise

O MPLA está em crise. É um facto. Ninguém pode mais negá-lo. Também é verdade que as raízes ou as consequências dessa crise podem ser analisadas sob várias nuances. Uns adiantam-se a antecipar a erosão do regime.

Na complexa teia da política, muitas vezes encontramos personagens que, impulsionados pela oportunidade e pelo acaso, são elevados a posições de poder sem o devido mérito ou preparo. Este é o caso de um político indeciso, cuja ascensão ao posto de comissário não apenas revela a falta de coerência em suas decisões, mas também expõe a ingratidão que pode emergir quando a ambição supera a lealdade.

Numa altura em que mais uma vez se apresenta uma oportunidade para se mudar Angola para o melhor e que vontades parecem voltar a polarizar-se sobre personalidades entre as quais encontraríamos um salvador da pátria, a minha ideia é que isso é um erro.

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