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Domingo, 21 Agosto 2016 11:37

O discurso que mudará angola.

V. Ex.ª Sr.º Presidente Digníssimo Engenheiro José Eduardo Dos Santos, trouxe para o País e para os angolanos, no âmbito do encerramento do sétimo congresso do MPLA, um discurso inédito e histórico, um discurso que poderá mudar de forma definitiva e inadiável a marcha evidente dos acontecimentos em Angola. Dando relevo para uma nova conjuntura nacional em todos os domínios político-social, geopolíticos e económicos.

Por João Henrique Rodilson Hungulo

O discurso da V. Ex.ª Sr.º Presidente, constitui uma dimensão fundamental da acção política angolana, e, por consequência, contribuirá para a construção das representações que circulam sobre os políticos, os seus ethos, no âmbito do sétimo congresso realizado pelo MPLA em Luanda.

Charaudeau (2005) retoma a problemática do ethos para centrar a análise em questões a seu ver importantes, que ainda “font débat”, e têm a ver com a natureza do ethos, quer discursivo e/ou pré-discursivo quer individual e/ou colectivo, para destacar o facto de que o ethos (discursivo) «en tant qu’image qui s’attache à celui qui parle» depende de quem é o seu alocutário/destinatário: «En effet, l’ethos, en tant qu’image qui s’attach e à celui qui parle, n’est pas une propriété exclusive de celui-ci; il n’est jamais que l’image dont l’affuble l’interlocuteur à partir de ce qu’il dit». Ou seja, o ethos resulta de um “cruzamento de olhares”, é: «regard de l’autre sur celui qui parle, regard de celui qui parle sur la façon dont il pense que l’autre le voit». É em função da imagem que tem deles (e da que considera que eles têm dele próprio) que o locutor constrói a sua imagem, o seu ethos , e desse modo pretende obter a legitimidade do seu dizer, do seu estatuto de locutor.

Por contingências de vária ordem, o País vive um momento de delicado panorama sócio - económico, cujo impacto social não tarda por exprimir descontentamento junto da orla social, com reflexos aos órgãos de gestão pública que são forçados a todo custo a se adaptarem às mudanças que circundam o País e dotar ao povo de alternativas que lhes permitam integrar - se na actual conjuntura económica que o País vive, definindo – se assim, uma sociedade perpassada por profundas e constantes transformações socioeconómicos, porém, com anseios de contrapor os impasses vigentes no momento, e tornar – se por isso, mais dinâmica, mais evoluída e mais complexa.

Reflexos no mínimo não surpreendentes, se tivermos em conta que a própria sociedade angolana, apesar dos níveis de desenvolvimento amplos e prosperidade alcançados, anseia ver resolvidas um leque de situações prementes à vista da sua trajectória social.

Mas parece que a serenidade e a frontalidade humilde de que se expuseram nas palavras do Presidente Dos Santos no seu discurso de encerramento, vieram dar um novo rumo as coisas em Angola, motivando desde logo, os actores políticos da nação no seu todo e os dirigentes dos diversos sectores da máquina pública, impondo a disciplina e a seriedade como o factor decisivo na efectivação da mensagem exposta em discurso. Traduzindo a transformação da figura de um chefe numa figura de um líder. Porque o chefe não encarna o sofrimento dos seus súbdito, o chefe manda e não participa de forma directa na acção, mas neste discurso se encarnou a necessidade de fortificar na pessoa dos dirigentes a figura de um líder e não de um chefe.

Os líderes dos partidos políticos são a força motriz da credibilidade política do seu partido, maus líderes destroem as organizações, mas bons líderes transforma as organizações em fortes, coesas, poderosas e desenvolvidas; um partido político somente é capaz de se tornar atractivo à vista de todos, se tiver um líder pró – activo, calmo, coeso, actuante, motivador, entusiasmado na acção, que sabe definir prioridades, sabe planear com cuidado a acção a implementar, alguém que mesmo sabendo que as coisas estão difíceis não se deixa desanimar, alguém convincente, que sabe exprimir por meio das ideias a sua visão e animar o povo, pois que não é possível se ter um partido forte com um líder fraco, os líderes fazem as organizações. Neste prisma, queremos relevar que, o MPLA é forte por ter um líder forte, estratégico, sereno, com ânimos não muito exaltados, um verdadeiro génio político, um líder que parece mais a um enviado de Deus que a um humano, com uma magnitude implacável no que concerne a sua visão metódica e política sobre o presente e o futuro. O Presidente Dos Santos, tornou o MPLA num verdadeiro íman, cuja interacção electrostática entre partículas electricamente carregadas é capaz de atrair um mar de multidões e tornar o MPLA num partido de milhões de seguidores angolanos.

O discurso do Presidente da República, foi decisivo no que concerne a actual conjuntura que o país vive, envolveu todos os fenómenos sociais partindo desde logo, na família como pilar da sociedade, na igualdade do género, na seriedade, no comprometimento dos órgãos de gestão pública com o povo, na melhoria do sistema de Saúde no que tange a qualidade, do sistema de Educação no que tange também a qualidade, no combate à arrogância dos órgãos de gestão pública e sobretudo na resolução dos problemas sociais vigentes hoje.

Esse discurso teve uma importância metódica nos difusores das representações sociais, no instaurar de um novo paradigma que se restringe na aproximação dos líderes ao povo, este discurso veio mudar o estrato ideológico de muitos, desde os maiores aos mais pequenos, os mais ricos aos mais pobres, os mais altos aos mais baixos, os mais importantes aos menos importantes, esse discurso atingiu em toda a esfera social, sem reservas.

Torna-se premissa fundamental, neste discurso, a resolução dos problemas do povo, com maior realce aos mais frágeis e mais carenciados, sem distinção de região, raça, cor, tribo, clã, com inclusão territorial global.

Rezam os anéis da história que, em África, jamais se registou líder algum para além de Madiba (Nelsom Mandela), que soubesse através de um discurso impor a mudança no curso natural dos fenómenos de seu País, porém, o Presidente Dos Santos o fez de forma ímpar e incomparável. A Bíblia Sagrada afirma que a palavra é uma arma forte e poderosa:

Efésios 4:29: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra que cause destruição, mas somente a que seja útil para a edificação, de acordo com a necessidade, a fim de que comunique graça aos que a ouvem”.

PROVÉRBIOS 18: 21: “A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; os que a usam bem serão recompensados”

.Quando Deus criou o universo, todo ele foi criado pelo poder da palavra podemos constatar através do Genesis:

Gn 1.3    Disse Deus haja luz e houve luz. Gn 1.6    Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e         águas.Gn 1.9    Disse também Deus ajuntem-se as águas do céu num só lugar e apareça à porção seca e assim se fez.

Querendo ressaltar que nossas palavras têm um poder muito forte sobre nossas acções, palavras são como um míssil, uma vez lançado para o espaço rumo a uma certa direcção parte para atingir o alvo e faz aquilo a que foi destinado, fiquemos atentos, porque as palavras têm poder e definem o rumo dos acontecimentos.

«Somos os arquitectos do nosso próprio futuro e os construtores da nossa vida». Aquilo que falamos define aquilo que fizemos e aquilo que fizemos define aquilo que somos ou seremos, aquilo que somos define a nossa personalidade, a nossa dignidade, a nossa reputação e honra diante do mundo que existe em nossa volta.

Durante o acto de encerramento do Sétimo Congresso do MPLA, a V. Ex.ª Sr.º Presidente Engenheiro José Eduardo Dos Santos, soube trazer à ribalta quão inédito discurso convincente e sensato que se transformará em histórico no que concerne a mudança dos fenómenos político – sociais que Angola abarca.

O povo sabe, que não existe solução alguma para a actual conjuntura que o País vive senão intervenções actuantes advindas da sua Excelência Senhor Presidente Dos Santos, a V. Ex.ª Sr.º Presidente, tem sido histórico em todas as suas intervenções ímpares no que concerne as circunstâncias que cruzam a  atmosfera social, mais uma vez fará história ao mudar o rosto da actual conjuntura sócio-económica a um rumo completamente diferente do actual.

A V. Ex.ª Sr.º Presidente, fez um discurso inédito, discurso esse que só se compara com os maiores discursos da história da humanidade, cujos discursos foram como deuses que impuseram uma autêntica viragem no quadro da conjuntura sócio – político vivida na altura, estes discursos tão lendários, fizeram – se expressar na pessoa de Nelson Mandela: “Eu nutri o ideal de uma sociedade democrática e livre, em que todas as pessoas convivam em harmonia e têm oportunidades iguais. É um ideal para o qual espero viver e alcançar. Mas, se for preciso, é um ideal para o qual estou preparado para morrer”. Na pessoa de Martin Luther King: “O discurso de Martin Luther King "Eu tenho um sonho" permanece como um dos momentos mais inspiradores do movimento dos direitos civis americanos e um forte apelo para a igualdade no que era então uma nação segregada. Na pessoa de Ronald Reagan: “Sr. Gorbachev, derrube este muro”. Palavras ditas no discurso histórico de 1987, o Presidente Reagan convidara o líder soviético Mikhail Gorbachev a derrubar o Muro de Berlim, que dividia a cidade entre a democrática Alemanha ocidental e a comunista Berlim Oriental. Ainda que o discurso não tivesse recebido muita divulgação na época, ele passou a ser visto como um símbolo dos últimos anos da Guerra Fria e o fim da União Soviética. O muro caiu em 1989, quando Reagan já estava fora do governo. Abraham Lincoln: “Se a escravidão não é errada, então nada é errado”. Escrita no dia 4 de abril de 1864, a carta, uma declaração franca do presidente Abraham Lincoln, mostra a sua oposição à escravidão. Ela foi entregue apenas um ano antes de seu assassinato. Sob Lincoln, a Proclamação da Emancipação foi um grande passo no sentido de ajudar a abolição da escravatura no país, e logo após a sua morte, a 13ª Emenda à Constituição terminou formalmente a horrível prática.

O Presidente fez muita gente em Angola chorar através do seu discurso, quase que o seu discurso causou nos angolanos o pulsar na alma até ao mais alto grau da sua emoção, o Presidente encarnou no seu discurso aquilo que o povo Angolano passa e passou, o Presidente assentou no seu discurso de forma clara e absoluta o seu sentido de patriotismo, caridade e responsabilidade pública serena e séria que sempre o dignificaram enquanto líder da nação angolana. É na parte final de seu discurso onde se encontram as palavras que bateram em profundeza os corações dos angolanos, fazendo - os caírem em lágrimas de emoções ao não mais poder ser, nestas palavras mostra o quanto ama Angola, e está disposto a lutar por ela e se possível morrer por ela, com sentido de patriotismo absoluto, não resignando nunca esse legado, que o define desde a idade mais tenra até aos nossos dias.

A parte final do discurso do Presidente da República, não estava inscrita no seu papel. E viu-se uma emoção nos seus olhos, quando disse:

·“Temos que trabalhar com responsabilidade, não devemos nos aproveitar dos nossos cargos para nos servimos a nós mesmos, temos que respeitar o povo porque se temos esses cargos é para os servir o povo e não para sermos servidos por eles.”

Debalde, porém, se esperará que milagrosamente, por efeito de uma vara mágica, mudem as circunstâncias da vida angolana. Pouco mesmo se conseguirá se o País não estiver disposto a todos os sacrifícios necessários e a acompanhar o discurso do Presidente com confiança nas suas inteligentes palavras animadoras e prósperas, com honestidade dos órgãos de gestão que representam a maquinaria do estado; confiança absoluta mas serena, calma, sem entusiasmos exagerados nem desânimos depressivos.

O Presidente da República, elucidou de forma clara no seu discurso, sobre o caminho que o povo e os dirigentes da Nação devem trilhar, sobre os motivos e a significação de tudo que não seja claro de si próprio; este discurso, teve ao seu dispor todos os elementos necessários ao juízo da situação que Angola e os angolanos vivem.

          O discurso do Presidente soube bem o que quer o povo e para onde quer chegar o povo angolano, mas não se lhe exijamos que chegue ao seu alcance efectivo com muita brevidade. No mais, passe o que passar, doravante, que obedeçamos aquilo que o discurso soube expor na sua íntegra.

O Presidente Dos Santos, foi singularmente grato pela missão que serve para o País, não por aquilo que ele representa de motivo de importante figura mundial, mas pelo que traduz de apoio necessário à obra que todos desejam ver realizada.

Muito obrigado V. Ex.ª Sr. Presidente!

 

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