Quarta, 29 de Mai de 2024
Follow Us

Sexta, 08 Abril 2016 08:37

Justiça morreu assassinada pela politica

Os que tentam promover o desordenamento politico-administrativo e social banindo as liberdades democráticas alcançadas com sacrifício, dor, e derramamento de sangue arrogam-se hoje, sem pudor, como detentores da ética, mas, serão execrados amanhã. Não existem dúvidas a esse respeito, pois, assim reza a história do passado recente da Angola colonial, que se traduz no expectante processo dos 50 onde o regime colonial fascista foi de uma forma irreversível fulminado politicamente.

Por Raúl Diniz 

Á exemplo da costa do marfim, que tem hoje um ex-presidente da republica a ser julgado criminalmente no tribunal internacional de haia, assim tem sido em torno dos países ditatoriais como angola é, e não surpreenderá ninguém um dia JES obrigar os angolanos a vivenciar de perto essa situação deveras  degradante.

Após o assassinato da justiça, a politica suicidou-se e a democracia enlutou-se profundamente, levando a reboque o inefável estado de direito delirante para o abismo.

José Eduardo dos Santos e seus pares passaram 37 anos a conspurcar o país, e a vida dos e as liberdades do povo foram esquartejadas, eles esmurraram a lei e cuspiram na constituição, assenhoraram-se ilegitimamente dos recursos naturais e de toda riqueza do povo para proveito próprio e dos seus.

A politica morreu, assassinaram a democracia em Angola. O oraculo da politica é espinhoso, não existe legalidade democrática nem legitimidade politica onde impere a corrupção, peculato, nepotismo farsas eleitorais julgamentos fraudulentos, lavagem de dinheiro, perseguições, prisões e assassinados de cidadãos indefesos.

Não se pode coercivamente manietar nem coibir eternamente um povo de obter livremente justiça.

José Eduardo dos Santos está a forçar a barra a corda esta demasiado esticada e a qualquer momento ela pode rebentar, ainda que assim aconteça, ela não rebentará dessa vez do lado mais fraco. JES e cúmplices tudo têm feito para aterrorizar o povo com invulgar impiedade, porem, essa atitude de nada serviria, pois, dessa vez, ainda que caia chuva de sangue do céu o povo estará munido de guarda chuvas para se proteger, e certamente usá-los-á como arma de defesa contra as injuriosas injustiças.

A mais de dois mil anos cicero na antiga roma já advertia todos a serem servos da lei para que ela fosse justa.

A dois mil anos atrás, Cicero já afirmava no senado Romano, que todos somos servos da lei para ser livre. A dignidade da justiça angolana tem sido selváticamente vilipendiada e sistematicamente sequestrada pelo poder politico controlado pelo ditador José Eduardo dos Santos.

O regime tem procrastinado o fortalecimento qualitativo da justiça. A fulanização e a estigmatizarão  do judiciário, tem sido o vector principal da real submissão ao poder politico, a casa de segurança do PR tem-se revelado o fator impeditivo da imediata afirmação do judiciário como poder de equilíbrio institucional.

O problema da política neste momento eu diria é a falta de alternativa. Não tem para onde se possa correr. Isso é um desastre. Numa sociedade democrática, a política é um gênero de primeira necessidade. A política morreu. Essa afirmação não contém nem se circunscreve nenhum sentimento de exagero mal elaborado, mas ela está gravemente enferma. “É preciso mudar a politica domestica", inclusive o país precisa mudar urgentemente de vida.

Não há democracia sem liberdade de pensamento, nem poderá haver jamais um estado de direito democrático sem a autenticidade de movimentação livre da consciência politica do cidadão.

A declaração da UNITA face á condenação dos jovens ativistas deixou de boca aberta a maior patê da sociedade politica inteligente ativa, não é que os burocratas do partido do galo negro saíram à rua para afirmar estupidamente, diga-se de passagem, que a solução da crise e das condenações dos ativistas políticos passa pelas eleições de 2018.

Isaías Samakuva como politico é uma autentica fraude idêntica a eleitoral

A sociedade angolana acordou triste e o país está a viver momentos de tremor e escuridão. Não se pode mais de maneira alguma ignorar o regime que vigora e Angola, tudo tem que ser feito para que o brinde resultante da manobra fraudulenta, programada pelas hostes da casa de segurança do velho carcamano arrogante seja desfeita.

MPLA e a UNITA apesar de parecerem diferentes são clones inconfundíveis

Se não se nota agora vai ser limpinho-limpinho que daqui por mais um ano, no máximo, quando se concretizar a noção da UNITA continuar a querer ser governo sem sacrifício nenhum da sua direção. Samakuva anda por ali, na UNITA indiferente as constantes contestações, que cresce a cada dia.

A UNITA e o MPLA têm o mesmo professor, jes. podem até todos tirar uma enorme fotografia para a posteridade quando ambos os partidos serem lembrados quando forem sepultados o seus restos mortais.

A UNITA é ou pode ser pior ou melhor que o MPLA? Isso pouco interessa, o que todos sabem é que ambos são partidos irmãos siameses. Os javardos são clones, apesar de parecerem diferentes. Ambos enterraram a democracia e nem lhe fizeram o funeral, por isso aquele cheiro nauseabundo. O que na verdade eles querem é no mínimo fazer parte do arco da governação e ter um poder maior: serem governantes e ampliar as suas vantagens, dos familiares e amigos, da seita.

Não existe nenhuma diferença comportamental entre as duas siglas politicas, ambas rastejam no sobre o mesmo vomito e encontram-se num estado evoluído de decadência moral.

A Morte do MPLA não será melhor que a da UNITA, lastimavelmente ambos sucumbirão por motivos idênticos, a irrefletida ganancia e a ambição desmedida de ambos são a obtenção do poder pelo poder.

 O longe é um lugar sem nome. Não o conhecemos, não existe não nos comove, não mobiliza o fluxo de notícias. Fala-se durante os instantes iniciais e depois é como se o nada constituísse o quotidiano daquela gente de quem nada sabemos. Não sabemos como riem. Não sabemos como beijam os filhos.

Os angolanos nada sabem sobre a vida do ditador vitalício e de sua família, não sabem como amam. Não sabem como dançam apenas o povo sabe como são postos a dançar uma musica nada estimulante e imprestável. Igualmente nada se sabe o que pensa e faz a UNITA e o seu incontestável líder vitalício Isaías Samakuva. Não se sabe nada dos homens, das mulheres, das crianças que compõem esse estranho séquito de bandalhos, na verdade o povo não os conhece minimamente.

Em angola ou em outro país, ninguém compreende o que não conhece. Como viver os seus desgostos, e/ou a dor daqueles que lhes afeta se a sua origem genealógica é-lhes totalmente desconhecida!

 A ignorância é um lugar muito distante. Quem governa e vive longe do povo e da verdade são pessoas insanamente perigosas, pois apenas a si mesmas ouvem. Para elas, podem morrer 70, 100, 200 será o mesmo que morrerem 5, 10, ou 20 a fome, falar em liberdade para eles significa diminuir o seu espaço de influencia, a intriga é a arma nuclear a usar para adquirir status junto do chefe perneta.

Até para morrer é difícil, traz problemas morrer em angola, o regime criou mecanismos para que o pobre morra em completa indigência, sem deus e sem Jesus.

A contabilidade das mortes n hospital Maria Pia ou em outros lugares, para JES e seus sicários é o mesmo que fazer deambulantes citações sobre pornográfica. Mas não há maior pornografia moral do que deixarmo-nos enredar naquela voraz máquina noticiosa que faz perceber como não somos iguais. Nem na morte. Porque a morte dos pobres é melhor que a deles.

 

Rate this item
(0 votes)