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Sábado, 24 Janeiro 2015 18:42

O maior opositor do governo é o seu próprio partido

Em 2017 teremos as eleições mais disputadas e decisivas para o MPLA e continuidade de José Eduardo dos Santos, presidente da República de Angola a frente dos destinos do país.

Os militantes há muito não viviam tempos tão confusos porque às incertezas do MPLA, junta-se  a autodestruição de Veríssimo Sapalo, 2º secretário do MPLA de Benguela que devia ocupar-se mais com o partido e apoiar fiscalizando o exercício do governo do MPLA, liderado por Isaac dos Anjos.

Melhor alerta em pouco mais de um ano da abertura das conferências de mandatos, o MPLA não podia ter. Quando fechados em si próprios, os membros superiores do MPLA em Benguela, ainda não têm certezas absolutas de que vão conseguir evitar que militantes e simpatizantes de outros partidos se intrometam na eleição do seu líder maior, José Eduardo Santos. Porém, os benguelenses mostram que mais do que ideias soltas e ataques a oposição, será necessário salvaguardar o governo para um bom resultado nas legislativas de 2017.  

No MPLA, os mais optimistas sublinham que a próxima ida às urnas ainda está tão distante que estas sondagens pouco, ou nada, interessam. Talvez o único que esteja certo seja  Isaac dos Anjos, governador da província de Benguela, que saberá agir no time exacto, suplantando todos aqueles militantes de Benguela (Veríssimo Sapalo – Dada Magalhães, Zacarias Davoca), que ocupando simultaneamente cargos de membros do comité central, posições estratégicas no interior do partido e de deputados da Assembleia Nacional, estão mais preocupados em fazer oposição ao governo local, defendendo as suas reformas e todos os bens materiais possíveis de serem adquiridos de forma fácil e ilegal, do que desenvolverem actividades partidárias.

Pode até ser, mas entregar o destino ao tempo e à “Silly season”, parece demasiado arriscado. Sobretudo, porque nada garante que em 2016, mesmo depois das conferências, o MPLA recupere a estabilidade. Pelo contrário, a estreia das conferências tem tudo para ser turbulenta e uma vitória de Isaac dos Anjos que dará certeza ao vencedor de um futuro sem mais pressão.

Francisco Rasgado

Jornal ChelaPress

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