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Segunda, 08 Setembro 2014 12:23

José Ribeiro desapareceu em combate ou apenas prepara regresso à terrinha

O Presidente do Conselho de Administração das “Edições Novembro” e director do Jornal de Angola, António José Ribeiro, parece ter desaparecido em combate e estar refém da sua própria ambição. Diz-se que entrou em depressão por ter sido informado que deixará a direcção do Pravda, que se sente traído pelo seu sipaio predilecto, Artur Queiroz, e incompreendido por todos aqueles a quem bajulou. 

Mas, provavelmente, estará apenas a gozar férias e a limar arestas que permitam uma comissão de serviço num dos muitos meios de comunicação social que o regime, seja via António Mosquito (Jornal de Notícias e Diário de Notícias) ou Newshold (Sol e i), comprou em Portugal.

António Mosquito, a pedido de quem manda (Isabel dos Santos), continua a querer que José Ribeiro integre a direcção de um dos jornais da Controlinveste, solução que permitiria ao regime correr com um mercenário que deixou de ser útil.

Dessa forma, como aqui foi escrito, a concretizar-se a “aquisição” do actual director do Jornal de Angola, bem como do seu braço direito nos jogos sujos em que o jornal é pródigo, Artur Queiroz, o regime via-se livre de duas figuras polémicas e pagas a peso de ouro e que, ao fim e ao cabo, têm marcado negativamente as relações com Portugal, delapidado os cofres do jornal e contrariando a linha moderada do MPLA que advoga uma maior civilidade na informação dada pelo único diário do país.

 A isso acresce o mau ambiente no jornal que José Ribeiro dirige como um velho chefe do posto colonial, tratando os autóctones como sipaios. “Para nós seria muito bom. Ficaríamos sem dois mercenários racistas que, cada vez mais, se assumem como pertencendo a uma raça superior”, diz um colaborador do Jornal de Angola, emprateleirado por contestar o estatuto do quero, posso e mando de que goza José Ribeiro. Mas, acrescenta, “o que seria bom para nós seria péssimo para os nossos colegas portugueses”.

 A estratégia de António Mosquito, que parece nada incomodar os seus sócios, seria chutar Artur Queiroz para o Porto (Jornal de Notícias) onde, aliás, já trabalhou há umas décadas, dando a José Ribeiro um cargo honorífico sem efeitos efectivos na estratégia editorial do grupo. “Seria uma forma de com uma cajadada matar dos coelhos”, diz uma fonte portuguesa ligada aos media, explicando que “Angola se livraria de duas figuras extremistas e de diminuta credibilidade profissional, ao mesmo tempo que a Controlinveste facturaria sobre esta concessão feita a António Mosquito, sobretudo através da entrada de dinheiro da publicidade de empresas angolanas”.

Importa igualmente considerar que, mais uma vez via António Mosquito, existe a possibilidade de se estreitar as relações entre a Controlinveste e as Edições Novembro, criando sinergias – sobretudo financeiras – que permitam criar um grande grupo empresarial. Recorde-se que, com a anuência de José Ribeiro, Artur Queiroz, continua a pavonear-se pelo país como se fosse uma figura intocável.

Em muitos casos até parece intocável. Comete todo o tipo de abusos e ninguém o põe no lugar ou o manda de volta para a sua terra. Tem regalias superiores às dos ministros, ganha cerca de 12 mil dólares e todas as suas despesas (até a guarda e alimentação do seus cães quando está de férias) são pagas por fora.

F8

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