Adalberto Costa Júnior justificou a proposta detalhando que "o passaporte digital de vacinação contra a Covid-19 vai ajudar a dinamizar a liberdade de circulação de pessoas e bens e ajudar ao relançamento da economia, tomando, porém, medidas complementares exigentes de controlo".
O líder do partido do "Galo Negro" deixou esta proposta quando falava na III Conferência da Frente Patriótica Unida, onde defendeu ainda que, caindo a cerca sanitária de Luanda, e abraçando do passaporte digital, isso "vai permitir às pessoas retomarem as suas actividades normalmente e sem constrangimentos".
Falando sobre alternância do poder em Angola, o presidente do maior partido da oposição antecipou que os que governam angolanos, "mostram sinais claros de que não estão preparados para abandonar o poder" ao fim de mais de quatro décadas.
"O partido no poder perdeu a legitimidade política para continuar a governar Angola. Por isso, os que governam não querem abandonar o poder", disse salientando que Angola é governada com violação sistemática de direitos constitucionais.
"Hoje atenta-se com muita regularidade aos direitos constitucionais, individuais e colectivos dos cidadãos e das instituições, de participação e de manifestação", salientou, lamentando ainda existirem pessoas a morrerem em tempo de paz, na localidade de Cafunfo, município do Cuango, província da Lunda Norte.
O presidente do Bloco Democrático, Filomeno Viera Lopes, disse que o actual regime por ser corrupto deve ser "desalojado" do poder nas próximas eleições gerais de 2022.
"Este regime não é democrático, deve ser afastado, tendo em vista os níveis de corrupção que o País atingiu", acrescentou, salientando que este Executivo, com o seu modelo de governação, "não consegue dar boa vida aos angolanos".
"Chegamos a um momento em que há esgotamento total de todas as forças da Nação. O poder não consegue ter uma ideia nova e não consegue ter uma prática inovadora", referiu.
Disse também que a oposição "está esgotada" por que o Executivo não aceita as suas ideias em termos de governação.
O coordenador do projecto PRA JÁ-SERVIR Angola, Abel Chivukuvuku, anunciou que, no final do mês, o País saberá os propósitos da Frente Patriótica Unida e o seu líder.
"O nosso propósito é protagonizar para Angola um fenómeno político que é a Frente Patriótica Unida", disse, acrescentando que "o que está em causa não é a liderança, mas sim servir o País".
"Quero encorajar as equipas que estão a formatar do ponto de vista teórico, do que será a Frente Patriótica Unida. Temos grandes desafios. Temos que trabalhar com celeridade e prudência", concluiu.