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Sábado, 02 Março 2019 10:56

Não será possível a edificação de uma medicina versada em salvar vidas em angola sem um bastonário capaz

Já o conhecemos por tudo que deu para a medicina em Angola, e, não quer aqui, um lugar de superioridade, ou de outra coisa como muitos almejam passar pela Ordem dos Médicos de Angola, quer mesmo, mudar o destino da Ordem dos Médicos de Angola, como diz a palavra:

Por João Henrique Hungulo

 “Ordem”, tendo por alvo, o colocar da Ordem à dispor dos médicos, dar o verdadeiro brilho à Ordem dos médicos, fazer com que a Ordem na qualidade de taxon de alto nível hierárquico para os médicos em Angola, seja capaz de nortear uma medicina com qualidade primada na formação do homem e no sentido da assistência hospitalar em qualquer lugar quer seja em clínicas ou em hospitais públicos.

A formação do homem médico deve ser de acordo a necessidade do País, e não se deve formar o homem médico como se forma um jurista, um economista, um engenheiro, porque o médico lida com vidas, um erro vale a morte de vidas humanas, deve haver rigor, e não se pode perceber que um País com enormes necessidades de médicos haja médicos desempregados, e ainda assim, queira recorrer à Países estrangeiros para suprir a carência de médicos enquanto os seus estão desempregados por não passarem em testes de admissão, deve – se formar o que serve para nação e não formar o que não serve para a nação.

Não se pode ter fé, que com outros candidatos se consiga alvejar uma medicina de facto, se não mesmo Laissez-faire da Arte de Hipócrate (laissez faire, laissez aller, laissez passer, que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar". Expressão escrita em francês que simboliza o liberalismo económico, na versão mais pura de capitalismo de que o mercado deve funcionar livremente, sem interferência, taxas nem subsídios, apenas com regulamentos suficientes para proteger os direitos de propriedade. Esta filosofia tem início nos Estados Unidos e nos países da Europa durante o final do século XIX até o início do século XX). Mário Frestas é exemplo excelso de uma Ordem que venha retorquir aos maiores desafios do futuro da nação angolana: “os angolanos agradecem que seja ele o bastonário da ordem dos médicos, de então”.

A medicina em Angola, carece de mudanças, alheias aos interesses de natureza política (…). Precisa de encarquilhar o País de evolução no âmbito hospitalar (…), tendo como ponto de partida: “a formação do homem médico”. Deixar de ser uma medicina voltada à formação de médicos inabilitados, que somente acorrem às Universidades para alcançar diplomas e certificados.

A medicina em Angola, precisa de qualidade, necessita de uma Ordem dos Médicos que deixe de ser a Casa da ociosidade e do alheio, que pare de servir interesses de natureza política apenas, e comece à servir interesses nacionais visados no rumo da saúde em Angola, deixe de ser uma Ordem que não age em tempo e à hora, uma Ordem que de nada faz sentido, no âmbito prático, que assiste a proliferação de Universidades sem qualidades para formar médicos, e ainda levanta – se em aplausos à tais lugares, precisamos de uma Ordem que impõe ordem e regula o acto médico desde a formação ao seu exercício, como é nos EUA, em Portugal e no Reino Unido, que não aceita que se forma médico como simples servidores de pacientes, mas que se formem médicos com personalidades, capazes de responderem aos desafios situados no futuro.

Uma Ordem que sabe se impor às circunstâncias, e enfrentar qualquer turbulência que o País vive nos termos da escassez de quadros de qualidade. A medicina em Angola, precisa de conjugar o verbo formar médicos no sentido inverso ao presente, precisa de encerrar Universidades dispersas pelo País fora que tornaram – se colégios de formação de um homem sem valor, que se coloca à beira do leito do doente, sem nunca perceber o que se passa com o mesmo.

Precisa de lançar médicos às praças dos hospitais, mas que tenham de ser formados nos termos da qualidade, e, volver – se à instituições seculares da era em que foram formados o Professor Carlos Mariano (Professor de Patologia), a Professora Lina Antunes (Professora de Medicina Interna), o Professor Cunha (Professor de Administração Hospitalar), a Professora Ana Van Dúnem (Professora de Ginecologia e Obstetrícia), o Professor Chingala (Professor de Radiologia), a Professora Sílvia Buta Lutukuta (Professora de Medicina Interna), o Professor Rui Pinto (Professor de Administração Hospitalar), a Professor Vitória do Espírito Santo (Professora de Pediatria), o Professor David Bernardino (Professor de Pediatria), o Professor Jaime de Abreu (Professor de cirurgia), o Professor Vidigal (Professor de Medicina Interna), o Professor Maurício Caetano (Professor de Medicina Interna). A medicina precisa voltar à qualidade, dos tempos da verdadeira medicina, de que valia apenas formar um com qualidade que mil sem qualidade, e incapazes de agir com ciência no Hospital Américo Boavida, Hospital Maria Pia, Hospital Geral de Luanda, Hospital Provincial do Huambo, Hospital Geral da Huíla, Hospital Geral de Cabinda, Hospital Geral do Cunene, Hospital Militar Principal de Luanda, Maternidade Lucrécia Paím, Maternidade Ausgusto Gangula, etc, etc. A medicina em Angola precisa libertar – se da péssima formação do homem, sem perfil de um verdadeiro médico, de jure e de facto, formação com enormes deficiências, do tamanho do mundo, nela a natural carga do abismo está infiltrada, e, culturalmente exposta à sorte da ordem das aventuras materiais, que negligenciam o saber como se este não tivesse utilidade para nada, uma medicina com sérios erros na formação dos seus quadros que esmaga nas talas de rituais e regras tudo o que era consagrado na medicina dos grandes médicos do passado, que faziam frente à médicos da Cuba, da Inglaterra, dos EUA, de Portugal, do Brasil, da ex - URSS, do Japão, de qualquer outro lugar deste mundo que saiba erguer – se dos escombros um verdadeiro homem médico que sabe agir prontamente chamando ao socorro a ciência de Hipócrates, não a medicina de hoje, de que quer se substituir pelos naturopatas ou terapeutas tradicionais(médicos tradicionais formados apenas durante três (3) ou dois (2) anos no Brasil, Espanha, EUA, é a chamada medicina natural, esse tipo de medicina é arcaica).

Mário Frestas, este sim, o conhecemos, como um Professor regrado, disciplinado, disposto a lutar até ao fim para mudar o rumo incerto que vergou hoje a medicina em Angola, e desenterrar o legado de Hipócrates, de William Harvey, de Esculápio, fazê – lo correr nas artérias desta nação como a grande glória e honra de um médico moderno. Trazer a medicina baseada em evidências (BEM — utilização conscienciosa, explícita e criteriosa da evidência clínica actualizada) para que os factos confirmem com a sua aplicação de que esta é a medicina civilizada que comanda o mundo evoluído. Fechar de uma vez para sempre os portões da formação de médicos em Universidades sem qualidade para a formação do homem médico, tornar a escola de medicina na melhor escola de Angola, onde basta o rigor e a exigência ajuizada para que um novo médico saia deste lugar.

Não tenhamos ilusões em eleger aqueles que são anjos de palavras, porém, não terão algum foco para mudar o curso natural das coisas nesta nação, que também é repleta de problemas em todos os lugares, quer estes sejam de saúde pública, ou de saúde assistencial.

Precisamos de um verdadeiro bastonário (destemido, pro – activo, desembaraçado, inteligente, dinâmico, visionário, envolvido, motivador), que saiba desenvolver estratégias para o resgate do valor do homem médico, começando por mudar o destino da formação do novo homem médico. Acabando com as escolas transformadas em colégios de venda de saber sem qualidade, que somente primam por lançar o número como recurso único de formar o novo homem, aquele homem que promete kms e cumpre mms. Precisamos de médicos de facto, tal quanto é em Portugal, na Inglaterra, na Cuba, na Espanha, nos EUA, na África do Sul, no Japão, na Alemanha, basta da medicina feita à deriva, como musgos perdidos em troncos velhos, isto só será possível se tivermos um grande bastonário em frente dos destinos da Ordem dos Médicos de Angola.

Chegou a hora de termos uma medicina coesa, forte, unida, com quadros que não foram feitos à carvão, porém à saber, capazes de dignificarem a classe, com homens com uma verdadeira personalidade humana e digna, homens que antes de tudo está a vida do doente, somente depois desta vem o resto, isso só será possível com um bastonário voltado à tal esfera.

Precisamos da medicina do passado, aí onde, os negócios e negociatas não tinham sequer lugar para a formação do homem médico, era mesmo um dever de formação com rigor e extrema exigência que iluminava a formação do homem médico. E nesse santuário se cultivava o digno e o criativo homem médico, versado em salvar vidas situadas entre o coma e a morte, não tinha tomografia computorizada, nem sequer ressonância magnética, tinha apenas as suas faculdades mentais, movidas para agir, hoje com todos esses equipamentos e sem saber, o erro médico, infectou e desgraçou o prestígio da classe médica, fala – se muito mal dos médicos em todos os cantos desta Angola (…) pelos excessivos erros cometidos por negligência, pela mentira que se tornou num prestígio de valor e de luxo no seio da classe, deslizamos na lama da negligência, da ignorância e do alheio à humanização, sem conseguir ir além, depreciamos o que se tem de bom nas fronteiras do conhecimento do primeiro mundo (…). Esquecemos que, sem um médico sábio e civilizado: não há progresso na classe, só rotinas, obrigações e servidão do hospital e da clínica. Ou estrebuchar no vácuo, em correria, e nada alcançar nos termos da qualidade dos Serviços assistenciais em Angola, quer sejam estes privados ou públicos.

Precisamos sair do salão da festa da mediocridade médica, infectada pelo poço da vaidade de idílicas clínicas de contos de fada, de enormes erros cometidos neste lugar, e enterrados com os próprios ossos, médicos pavões contentes e cheios de si pelo dinheiro que alcança nas clínicas, porém, doentes morrem de uma simples malária, de uma simples anemia, de uma simples pneumonia, de uma simples perfuração ileal, que não foram diagnosticadas à tempo, nem sequer souberam agir como mandam Harrison e Sabiston.

O Professor Mário Frestas é o útil pano de fundo para que a qualidade em medicina em Angola, mais brilhe que a mediocridade que se assiste à cada dia em Angola. E se acaso, alguém ousasse, em depreciá – lo, estaríamos mais frios do que o gelo, mais perdidos do que bolor sobre cascos perdidos num ermo. E se alguém ousasse não eleger esse grande Mestre de Medicina, disposto a lutar com estetoscópio no pescoço, e fazer face de qualquer tipo de circunstâncias que vier à posteriori, é mesmo o abismo que seria o nosso companheiro do futuro, iríamos além das suas fivelas. Desde então, os apelos da Arte de Hipócrates, conhecimento de sabedoria que teríamos se Mário Frestas fosse o bastonário da nossa grande Ordem dos Médicos, perder – se – iam num mundo obscuro mergulhado na sombra perturbadora daqueles que não sabem o que fazer para contornar obstáculos. Uma das funções que este homem sabe e vale, é desde logo, exercer uma desperta vigilância sobre a qualidade dos serviços de saúde.

A medicina precisa deixar de ser um simples sacerdócio africano, para tornar – se numa verdadeira cultura e arte do progresso, já fizeram países como o Brasil, a Espanha, a África do Sul, a Alemanha, o Japão, deixando do exercício de uma medicina que não salva a ninguém a tempo e a hora.

De lembrar que, os testes de admissão à médicos devem ser controlados e analisados pela Ordem dos Médicos, como é no mundo inteiro, e, a formação do homem médico deve deixar de depender do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, e passar a depender da Ordem dos Médicos de Angola em conexão com o Ministério da Saúde, que devem estipular regras para a formação do homem médico, eis que, medicina na América, em Portugal, no Brasil, na Suíça, no Japão, na China, na Alemanha, não é arte para quem quer, porém, para quem tem o mérito de o ser, para que se tenha de evitar que se formem em Angola médicos “candongueiros” (é um vocábulo vulgar empregue na gíria que em português significa negociante ou comerciante), interessados em facturar apenas, enquanto não podem diagnosticar, colocam a arrogância acima de tudo e de todos, como suplemento para nutrir o vazio que habita as suas faculdades mentais.

Chegou a hora de começar uma nova medicina: “O futuro começa agora.”

Bem – haja!

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