Reagindo a recentes alegações do jornalista Rafael Marques relacionadas com má conduta financeira da instituição, o banco afirma que as suas contas são auditadas por empresas terceiras independentes e divulgadas publicamente.
Ao mesmo tempo que afirma que as alegações feitas contra o BKI “são totalmente falsas e prejudiciais” para o negócio, o banco refere que em 2013 teve um total de activos de 91 milhões de dólares e um total de fundos próprios de dez milhões de dólares.
O comunicado diz que no mesmo ano, os lucros atingiram 283 milhões de kwanzas (“não dólares como referido pelo jornalista num artigo recente”), o que representa um valor de menos de três milhões de dólares.
No artigo, acentua o comunicado, o jornalista afirma que o BKI teve em 2013 “um resultado negativo de 225 milhões de dólares, que transformou, sem explicação plausível, em resultado positivo de 283 milhões de dólares”.
Quanto ao Relatório Anual de 2014, o BKI afirma que se encontra em processo de apresentação das informações financeiras necessárias, que estão disponíveis após o encerramento da actual auditoria em curso. No artigo é também mencionado que a empresa de auditoria A. Paredes e Associados - Angola, Auditores e Consultores Lda, não receberam informações financeiras vitais para o Relatório Anual 2011/2012.
Uma vez mais, sublinha o comunicado, isto é completamente errado, pois todas as informações necessárias para os Relatórios Anuais anteriores foram fornecidas.
Quanto à estrutura de accionistas, afirma que a transferência de acções que tornou o Sr. Jean-Claude Bastos de Morais detentor de 85 por cento do Banco está claramente documentada no Relatório Anual de 2013. O Banco refuta também informações que alegam que o ministro da Economia concedeu ao BKI contratos de gestão referentes ao FACRA no valor de centenas de milhões. “Mais uma vez isto não é correcto, porque o BKI não tem um contrato de gestão para o FACRA”, realça o documento, acrescentando que o fundo tem a sua comissão de investimento e o seu Conselho de Supervisão independentes que a gerem.
“Enquanto alguns indivíduos associados ao BKI em posições não executivas fazem parte destes conselhos, o banco em si como organização não tem um mandato”, sublinha. No comunicado, o Banco Kwanza Invest esclarece também a situação da empresa Kijinga que, segundo o jornalista, tem apenas um funcionário e recebeu investimento do Fundo Soberano de Angola para prestação de serviços no valor de quase 100 milhões de dólares.
O banco esclarece que, de acordo com a lei angolana, a Kijinga foi criada como uma sociedade anónima, com personalidade jurídica, independente do facto de a empresa ter funcionários ou não. Tendo a empresa um conselho de administração eleito, preenche os requisitos fundamentais para a sua existência.
Os accionistas iniciais da empresa Kijinga, sublinha o comunicado, transferiram, em 2012, as suas acções ao Banco Kwanza Invest, que, por sua vez, vendeu a sociedade ao Fundo Soberano de Desenvolvimento de Angola.
No comunicado, o banco sublinha que “a empresa não tem como objecto prestar serviços, mas está focada na criação de empresas em fase de arranque para micro-negócios de empresários angolanos”.
Este facto, recorda, foi igualmente divulgado num recente comunicado do FSDEA.
O Banco Kwanza Invest esclarece também que tem um Conselho de Administração e tem aderido a todos os requisitos legais de reporte estabelecidos pelo Banco Nacional de Angola, assim como tem agido conforme a Lei das Sociedades Comerciais, a legislação fiscal e a legislação do trabalho.
Jornal de Angola