O ministro do Interior angolano disse hoje, em Luanda, que, nos últimos dois anos, o país registou incidentes tático-policiais que "lamentavelmente", alguns terminaram em mortes de cidadãos e polícias.
O investigador da África Austral da Amnistia Internacional (AI), David Matsinhe, afirmou hoje que “ninguém pode justificar” os 10 homicídios documentados em Angola atribuídos às forças de segurança no âmbito da imposição de restrições contra a covid-19.
As autoridades angolanas utilizaram força “desproporcionada e desnecessária” para reprimir a dissidência, dispersar protestos e combater violações do estado de emergência decretado para o combate à covid-19, afirmou hoje a Amnistia Internacional (AI).
Entre Março e Novembro deste ano, efectivos da Polícia Nacional deva praticado cerca de 30 homicídios. Entre as vítimas, doze eram estudantes que frequentavam os ensinos médio e universitário. Novo Jornal questionou à Polícia, à PGR e ao SIC pelo «andamento» dos processos-crime, mas as instituições «evitaram» falar.
O ministro da Justiça e Direitos Humanos angolano considerou que houve “excessos” de manifestantes e polícia no passado dia 11 de novembro, apontando um contexto de “tensão e o nervosismo” em que a “interferência política estragou o diálogo”.