A polícia moçambicana disse hoje que é preciso um "basta" às manifestações e paralisações, após o candidato presidencial Venâncio Mondlane apelar a novos protestos esta semana, referindo que são "terrorismo urbano" com intenção de "alterar a ordem constitucional".
O embaixador de Angola em Moçambique, João Manuel “Jota”, está a ser alvo de fortes críticas após declarações em que manifestou apoio explícito à FRELIMO, partido no poder em Moçambique, em um momento de crescente contestação popular no país do indico. Numa recente declaração, o diplomata angolano afirmou que o MPLA fará "tudo o que estiver ao seu alcance" para apoiar a FRELIMO, que enfrenta alegações de fraude eleitoral e protestos após o anúncio dos resultados das eleições.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane apelou esta segunda-feira a um novo período de manifestações nacionais em Moçambique, durante três dias, a partir de quarta-feira, em todas as capitais provinciais, contestando o processo eleitoral.
O candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados anunciados das eleições gerais de 09 de outubro em Moçambique, disse hoje que na próxima segunda-feira revelará a 4.ª fase de contestação que, garantiu, "será extremamente dolorosa".
A Polícia Nacional (PN) de Angola deteve nesta quinta-feira, 7, quatro ativistas que realizavam um protesto de apoio ao povo de Moçambique em frente à embaixada daquele país em Luanda.