Mais de 100 mil milhões de dólares norte-americanos foram retirados do erário e transferidos para o exterior do país, anunciou, esta quarta-feira, em Luanda, o procurador-geral da República, Hélder Pitta Gróz.
O procurador-geral da República angolano disse hoje que “ainda não foram constituídos arguidos” no alegado desvio de 30 milhões de dólares cedidos por Angola a São Tomé e adiantou que os dois países estão a cooperar para descobrir a verdade.
O antigo secretário de João Lourenço para os Assuntos Económicos Carlos Aires da Fonseca Panzo, a quem o Ministério Público da Suíça acusou de ter recebido pagamentos da brasileira Odebrecht, através de um processo-crime iniciado em Março de 2017 — processo esse arquivado dois anos depois, por insuficiência de provas —, vai receber de indemnização das autoridades helvéticas cerca de 80 mil francos-suíços (o equivalente a 83 mil dólares norte-americanos).
Um jurista angolano defendeu hoje que Angola precisa de "ressuscitar" a Alta Autoridade contra a Corrupção ou de criar uma nova estrutura com esse fim para se "deslocar o combate à corrupção do centro da administração pública".
A falta de sequência e informação sobre processos judiciais em Angola levou os EUA a colocar uma cidadã já falecida numa lista de angolanos alvo de sanções, a par dos generais Dino e Kopelipa e da empresária Isabel dos Santos, segundo o ativista Rafael Marques.