A notícia avançada pelo jornal angolano Valor Económico segundo a qual os estatutos do MPLA impedem João Lourenço de concorrer à presidência do partido em 2026 pode ser interpretada como uma movimentação de membros influentes do MPLA no sentido de cortarem pela raiz a putativa intenção de o atual Presidente da República se manter no poder.
Pode-se olhar para Angola como um oásis em África e um país cortejado pelos Estados Unidos, ou então detetar fissuras no interior do partido no poder. João Lourenço lida com uma situação dúbia. É atacado internamente mas goza de credibilidade fora do país.
Impossibilidade de alteração da Constituição, conjugada com norma estatutária que impõe o presidente do partido como o candidato a Presidente da República, coloca João Lourenço em situação de inelegibilidade na reunião magna dos camaradas que antecede a disputa eleitoral de 2027. Constitucionalistas, politólogos e sociólogos validam interpretação do Valor Económico sobre o artigo 120º dos estatutos vigentes do MPLA.
O Bureau Político do Comité Central do MPLA proibiu os primeiros secretários provinciais da OMA e da JMPLA de acumularem estes cargos com os de deputado, numa altura em que, nesta segunda-feira, 25, o comité provincial da JMPLA em Luanda elege Ernesto André como novo primeiro secretário.
A candidatura do Partido Trabalhista Português (PTP) às regionais da Madeira apelou hoje à população para que não vote novamente no PSD, argumentando que “não é saudável nem normal em democracia” ter o mesmo partido 50 anos no poder.