As três centrais sindicais envolvidas na primeira fase de uma greve geral em Angola, criticaram hoje os descontos salariais feitos pelo Governo aos trabalhadores grevistas, ato que consideraram "um exercício de intolerância”.
Após três dias de greve à escala nacional da função pública angolana não há qualquer sinal que o governo esteja prestes a ceder às exigências dos sindicatos que dizem estar a lutar pelo resgate da dignidade social dos trabalhadores.
A ministra da Saúde, Silva Lutucuta, está ser acusada por funcionários do seu ministério de ter mandado atrasar propositadamente o salário do mês de Março dos trabalhadores do Ministério da Saúde (MINSA), que deveriam ter sido pagos na semana passada, para que sejam aplicados, ainda neste mês, descontos a todos os funcionários que aderiram à greve geral da função pública, soube o Novo Jornal.
Os funcionários da função pública em todo o território nacional regressaram esta segunda-feira, 25, ao trabalho, depois de três dias de paralisação geral para exigir do Executivo o aumento do salário mínimo nacional na ordem dos 100 por cento.
As centrais sindicais angolanas saudaram a “coragem e resistência” de todos os trabalhadores que aderiram aos três dias de greve geral, cuja primeira fase terminou hoje, apesar das “ameaças e coação”.