O coordenador do Observatório Político e Social de Angola (OPSA) disse hoje que o aumento das tarifas de água e eletricidade é um "dilema" para as famílias de baixos rendimentos, e que a sua implementação carece de estudos prévios.
A Associação de Defesa do Consumidor em Angola manifestou-se hoje surpresa com o anúncio do aumento das tarifas da água e eletricidade e prometeu avançar, segunda-feira, com uma providência cautelar para a suspensão da medida governamental.
As tarifas da água e da eletricidade em Angola vão aumentar 30% e 11,5%, respetivamente, segundo a nova tabela aprovada pelo Instituto Regulador dos Serviços de Água e Eletricidade (IRSEA), que entra em vigor no próximo mês.
A escassez de água em Luanda tornou apetecível o negócio dos camiões-cisterna que chegam a cobrar até 60 euros (60.000 kwanzas) por 20.000 litros, mais do dobro do preço anterior.
A província de Luanda conta atualmente com um défice diário de 1,2 milhões de metros cúbicos de água, o dobro da atual produção, para responder a necessidade de consumo dos 10 milhões de habitantes, foi hoje anunciado.