Quinta, 28 de Março de 2024
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Domingo, 13 Março 2022 19:46

Legionário brasileiro escapa da morte e foge às pressas para a Polônia após ataque russo

Tiago Rossi na foto Tiago Rossi na foto

Segundo Tiago Rossi, sobreviveram apenas aqueles que conseguiram sair da base antes do ataque: "a Legião foi exterminada de uma vez só. Eu não imaginava o que era uma guerra”

O instrutor de tiro Tiago Rossi, do Estado do Paraná (Brasil), que partiu para lutar na Legião Estrangeira na Ucrânia contra a Rússia, relata em vídeo que a base inteira da Legião foi destruída por um caça das Forças Aeroespaciais da Rússia.

Segundo Rossi, sobreviveram apenas aqueles que conseguiram sair da base antes do ataque. "Lá tinha militares das forças especiais do mundo inteiro. A informação que a gente tem é que todo mundo morreu. Eles (russos) acabaram com tudo. Vocês não estão entendendo, acabou, acabou. A Legião foi exterminada de uma vez só. Eu não imaginava o que era uma guerra”, lamentou.

O brasieliro descreveu como foi o momento do bombardeio. “Teve um bombardeio, às três horas da manhã teve o primeiro sinal. A sirene tocou. Deu cinco horas da manhã, nem tocou sirene e, de repente, veio um caça e soltou um míssíl em cima da gente. Não teve o que fazer. A gente saiu correndo para o meio do mato. Começou a soltar muitos mísseis em cima da gente”, lembrou.

“Quando terminou a primeira onda de mísseis a gente foi reagrupar o batalhão inteiro para ver quantas baixas tiveram. Eles (russos) estouraram toda a parte de paiol, centro médico, acabaram com tudo. Fomos orientados a sair de lá o mais rápido possível”, acrescentou.

Rossi relata que mesmo após o comando para deixar a base, alguns militares ficaram no batalhão. “Depois que chegamos no interior da Polônia chegou uma mensagem para nós informando que o bombardeio russo voltou e simplesmente acabou com a base”, finaliza.

Outro brasileiro que estava na mesma base que foi atacado, Andre Kirvaitis contou praticamente a mesma história no seu perfil no Instagram . “A base onde estávamos foi atacada agora de novo por mísseis… mais de 200 mortos, 200 pessoas que vieram para ajudar o povo ucraniano. Não vamos perdoar e nem esquecer, nem os agressores, nem os países omissos que negam ajuda”, escreveu.

Os dois brasileiros citados fazem parte da Legião Internacional da Defesa Territorial da Ucrânia, criada pelo governo do país para abrir espaço a quem quiser lutar na guerra. Um site foi apresentado, mostrando sete passos para os candidatos que se interessarem, além de ter contatos de consulados e embaixadas do país no mundo todo.

Rússia reivindica ataque e diz ter matado 180 mercenários

Porta-voz do Ministério da Defesa russo diz que o ataque resultou ainda na destruição de uma grande quantidade de armas estrangeiras. 

A Rússia reivindicou o ataque a uma base militar em Yavoriv, perto de Lviv, e disse ter matado "180 mercenários estrangeiros".

De acordo com o porta-voz do Ministério da Defesa russo, o ataque resultou ainda na destruição de uma grande quantidade de armas estrangeiras.

Um primeiro balanço governo ucraniano tinha revelado a morte de pelo menos nove pessoas e de 57 feridos neste ataque à base de Yavoriv, a cerca de 40 quilómetros a noroeste de Lviv e a cerca de 20 quilómetros da fronteira com a Polónia. No entanto, esse número já foi atualizado para 35 mortos e 134 feridos.

De acordo com informações preliminares, as forças russas dispararam oito mísseis, disse a administração regional de Lviv, num comunicado inicial.

Esta base militar em Yavoriv serviu, nos últimos anos, como campo de treino para as forças ucranianas sob a supervisão de instrutores estrangeiros, principalmente americanos e canadianos.

Brasil247

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