Segundo a governante, os casos registados nas últimas 24 horas são de 13 homens e oito mulheres, entre os 31 e 71 anos, todos internados nos centros de tratamento de covi-19, na maioria com manifestações leves da doença.
Relativamente aos mortos, Sílvia Lutucuta disse que um se refere a um cidadão angolano, de 64 anos, que se encontrava internado na Clínica Sagrada Esperança desde 27 de junho, em estado crítico, com um quadro respiratório grave, que evoluiu a óbito.
"O segundo, no Hospital de Campanha de Viana, 62 anos, do sexo masculino, com comorbilidades e que teve um quadro respiratório agudo grave e que evoluiu para óbito", referiu.
Sílvia Lutucuta disse que continua a testagem em massa, rastreio em grandes aglomerados, nomeadamente os mercados.
"Concluímos hoje com os mercados e foram rastreados no mercado do Catinton, do Quilómetro 30, Kikolo e hoje terminamos com o mercado do Asa Branca. Nestes quatro mercados fizemos um total de 6.000 testes", afirmou.
Desde o início do rastreio, com testes serológicos a nível nacional, em que Luanda tem a componente de 7.500 testes, foram realizados um total de 10.186 testes.
A ministra disse que foram igualmente feitas testagens em algumas saídas de Luanda, nomeadamente no Longa e Maria Teresa, onde foram realizados 836 testes.
A governante angolana salientou que os testes serológicos têm como objetivo primário saber qual é a situação da covid-19 em Luanda e no país de uma forma geral.
"Estamos a falar de Luanda, como epicentro da covid-19, temos também covid-19 na província do Cuanza Norte e nestas duas províncias temos intenção de fazer o maior número de testes", realçou.
Dos 10.186 testes realizados, 318 foram reativos, dos quais 261 IgG (indivíduo que já esteve em contacto com o novo coronavírus e desenvolveu imunidade) e 47 IgM (pessoas que podem ter doença ativa).
Segundo Sílvia Lutucuta, o diagnóstico de certeza nestas situações só pode ser feito por um teste de biologia molecular e a atitude de saúde pública a ser tomada nestes casos é o isolamento desses casos.
População manifesta imunidade
Duzentas e sessenta e uma pessoas das 308 rastreadas mediante testes rápidos nos mercados de Luanda manifestaram terem tido contactos com o novo coronavírus e estão na fase de desenvolvimento de imunidade (cura), informou, neste sábado, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
Nesse universo de 308 amostras, apenas 47 manifestaram terem a doença em estado activo, estando, nesta altura, em reconfirmação com o teste de biologia molecular, o RT-PCR, segundo a ministra que actualizava os dados da situação epidemiológica das últimas 24 horas sobre à Covid-19.
Ainda assim, a ministra aconselha o acatamento das medidas de prevenção contra a doença, entre outras, o uso obrigatório da máscara facial, o distanciamento social, a lavagem das mãos com água e sabão ou desinfectar com álcool gel e evitar aglomerado populacional.
A campanha decorrida nos mercados do Catinton (Maianga), 30 (Viana), Kikolo (Cacuaco) e ASA Branca (Cazenga), e no bairro Mártires do Kifangondo, no município do Cazengo (Cuanza Norte) abrangeu 10 mil 186 pessoas, das quais sete mil e 500 em Luanda, entre moradores e vendedores.
O país possui 483 infectados, 118 recuperados, 340 activos e 25 óbitos.
Talatona, Belas, Ingombotas, Viana e Maianga são as zonas mais endémicas de Luanda, epicentro da doença em Angola.