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Quinta, 20 Fevereiro 2020 15:33

Jornalista angolano apresenta queixa-crime por agressão da polícia durante manifestação

José Kiabolo diz ter sido agredido juntamente com um repórter de imagem enquanto entrevistava manifestantes junto ao parlamento angolano durante a posse do novo presidente da CNE.

O jornalista angolano José Kiabolo apresentou esta quinta-feira uma queixa-crime contra agentes da polícia devido às alegadas agressões que sofreu, na quarta-feira, quando cobria um protesto, em Luanda, contra a posse do novo presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

“Acredito na justiça, daí que apresentei esta queixa junto da 4.ª esquadra da polícia, aqui em Luanda, porque fui brutalmente agredido. Aliás, continuo com as marcas da agressão da polícia”, afirmou à Lusa o jornalista da Palanca TVpé.

José Kiabolo que, juntamente com um colega repórter de imagem diz terem sido agredidos enquanto entrevistavam manifestantes nas zonas adjacentes ao parlamento angolano, acredita num desfecho favorável do caso, referindo que a atitude dos agentes “é condenável”.

O profissional da angolana Palanca TV, ainda com escoriações visíveis no braço direito, nas pernas e nas costas, afirma que as agressões foram protagonizadas por “mais de cinco efetivos da polícia”.

“É triste recordar as agressões de que fomos alvo, mas é a pura verdade, daí que condenamos e reprovamos essa postura”, declarou.

Kiabolo adiantou que a situação já é do domínio do Serviço de Investigação Criminal (SIC) angolano, nomeadamente do Laboratório de Central de Criminalística de Luanda onde foi submetido ao exame forense.

Vários manifestantes, maioritariamente afetos à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior partido da oposição, que contestaram a posse do juiz Manuel Pereira da Silva “Manico”, relataram cenas de detenções “sob carga policial”.

A posse do juiz “Manico” aconteceu na quarta-feira na sede do parlamento angolano e foi apenas ratificada com 111 votos de deputados do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder), uma vez que a oposição abandonou em bloco o plenário, retirando-se antes da tomada de posse.

Supostas “irregularidades, ilegalidades” e “inconstitucionalidades” são apontadas no concurso de eleição do novo presidente da CNE, o que motivou protestos dentro e fora da sede do parlamento angolano.

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