Quinta, 18 de Dezembro de 2025
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Angola já começou a arrumar o vestido. Ainda faltam uns bons meses para 2027, mas os espelhos políticos estão todos ocupados. Há quem ensaie sorrisos, quem treine discursos diante do espelho e quem jure, com a mão no peito, que sempre amou esta dama chamada Angola — mesmo quando, durante anos, fingiu não a conhecer.

Há momentos na história de um país em que já não basta sussurrar, dialogar com prudência ou usar metáforas para evitar desconfortos. Há momentos em que é preciso dizer claramente: a sociedade angolana está presa num ciclo de autossabotagem moral, política, cultural e económica, e fingir que está tudo bem é participar da própria decadência.

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