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Quinta, 19 Março 2020 15:21

Está difícil melhorar o que está e corrigir o que está mal no seio do MPLA

Em alguns círculos bem cotados, no seio do MPLA, aumentam as reservas em relação a postura menos urbana de um grupo de jovens devidamente identificados. O mesmo tem à testa a directora do Gabinete para Cidadania e Sociedade Civil do Comité Central do MPLA, Anabela Denis, Djamila dos Santos e o actual administrador do Sambizanga, Tomás Bica.

O episódio mais recente e que está a suscitar vários comentários e interpretações foi protagonizado por Tomás Bica na última reunião do Comité Central dos camaradas. Durante a reunião, o delfim de Anabela Denis, como é conhecido, pediu a palavra para, de forma menos educada, denigrir a actual equipa económica do Executivo, chegando a sugerir ao Presidente do Partido, João Lourenço, que demitisse Manuel Nunes Júnior, Sérgio Santos e Vera Daves, incluindo o actual governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano.

De acordo com informações obtidas em alguns círculos na sede do Partido, a estratégia do grupo em referência é desacreditar todos os membros do Executivo que se neguem a patrocinar o Gabinete para a Cidadania e Sociedade Civil do Comité Central, coordenado por Anabela Dinis.

 Nos últimos tempos, esta é a estrutura que mais patrocínio arrecada em nome do MPLA, sendo que são verbas avultadas e bens diversos, e que infelizmente beneficiam directamente os seus membros sob o olhar silencioso da vice-presidente do Partido, Luísa Damião e do Seu Secretário-geral, Paulo Pombolo, este último é tido e achado como o protector da directora do referido Gabinete.

 Para os mais atentos, a campanha de ataques dos activistas nas redes sociais promovida por Tomás Bica e seus fiéis seguidores, Wankana de Oliveira, Júlio Matias e o El Comandante Bruno Liberal, manchando o bom nome dos membros do Governo, que não se sujeitão ao seus caprichos, consolida a tese em curso de que quem não atender as vontades de Anabela Denis será afastado pelo seu padrinho, o Presidente da República, uma vez que muitos negócios de João Lourenço são geridos por ela, testa de ferro que aos poucos vai vendendo a sua jactância no seio dos camaradas.

 Especialistas entendidos na matéria consideram que no domínio político os auxiliares directos de João Lourenço na liderança do MPLA, a vice-presidente e o actual Secretário-geral não estão em altura dos desafios, aliás, a associação destas duas figuras à Anabela Dinis, Djamila dos Santos e a Tomás Bica, este último que nem berço  possui, e se a ostenta é forjada, demonstra ausência de estratégia e foco para preparar o MPLA rumo aos desafios do presente e do futuro.

 Os mesmos que temos vindo a citar acrescentam que depois do último Congresso o Partido acabou por não atingir o vigor desejado, embora não esteja em questão o voto de confiança dos militantes, simpatizantes e amigos ao Presidente do MPLA.

O maior problema está nas escolhas e decisões erradas que Luísa Damião e Paulo Pombolo apresentaram para a composição do actual Comité Central, e, pela letargia de ambos, diante das atrocidades do grupo comandado pela Anabela Denis, Djamila dos Santos e Tomas Bica, o Presidente João Lourenço deve agir e não fazer de conta que está tudo bem, quando na realidade não está.

Melhorar o que está bem e corrigir o que está mal, deve começar no seio do Partido.

Por Sita Júnior

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