Sexta, 18 de Julho de 2025
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O economista chefe do Standard Bank Angola (SBA) e Moçambique, Faúsio Mussá, disse hoje que Angola poderá “perpetuar” a sua dependência ao setor petrolífero se não houver progresso nas reformas, admitindo pressão para o aumento de despesas sociais.

O representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse hoje que apesar do rácio da dívida angolana pelo PIB ter “reduzido drasticamente”, o nível de endividamento do país “ainda é elevado, consome grandes recursos”, exortando para a “prudência fiscal”.

O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA) admitiu hoje que a depreciação do kwanza (moeda angolana) pode causar “grande instabilidade” na economia do país, ainda dependente de importações, criticando a liberalização das taxas de câmbio.

O índice de preços no consumidor angolano registou uma variação homóloga de 16,68% em outubro, mantendo a tendência decrescente que se verifica desde janeiro de 2022 e atingindo o valor mais baixo desde dezembro de 2019.

Preço médio de exportação da tonelada métrica de gás subiu 193% para 267 USD e impulsionou o crescimento da receita bruta. Para já, as reservas angolanas são insuficientes para alimentar o aumento da procura na Europa, mas o arranque da produção do gás não-associado pode colocar Angola no mapa.

O aumento do preço dos materiais de construção civil, a falta de crédito e a fraco poder de compra, estão a afectar negativamente o sector imobiliário com a paralisação de obras. Nem mesmo a valorização do Kz face às principais moedas estrangeiras ajudou a equilibrar os preços dos materiais de construção.

Especialistas são unânimes em afirmar que o Executivo forçou a apreciação do Kwanza em tempos pré-eleitorais. Os benefícios passaram por baixar preços e exacerbar os resultados de políticas que permitiram ao país uma redução substancial do seu rácio da dívida sobre o PIB.

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