Sábado, 18 de Mai de 2024
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A queda vertiginosa do preço do petróleo, que já se vaticina poder chegar aos 40 dólares, está a dar dores de cabeça a alguns países chave na cena política internacional, como a Rússia. Angola, segundo a generalidade dos analistas, está entre os mais vulneráveis à descida, por ter marcado passo na diversificação da sua economia.

A queda do BES pôs a descoberto um gigantesco polvo de suspeitas de crimes económicos. Os braços do caso chegaram além fronteiras. As unidades do universo Espírito Santo na Líbia, Angola, Estados Unidos e Suiça são suspeitas de lavagem de dinheiro.

A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) arranca amanhã com a negociação, numa primeira fase, da dívida pública e registos de operações fora da praça financeira, assegurou ao Jornal de Angola o presidente da Comissão Executiva.

O Banco Mundial (BM) alertou hoje o Governo angolano a "tomar cautelas" na realização de créditos, apesar da sua baixa taxa de dívida externa, e também a fazer "despesas de boa qualidade".

A descida dos preços do petróleo levou o Governo angolano a redefinir as prioridades da despesa pública e a anunciar a entrada da economia do país num "exercício de austeridade".

Numa das últimas grandes quebras no mercado petrolífero, em 2008, Angola foi forçada a pedir um resgate do Fundo Monetário Internacional. Numa altura em que os preços do petróleo estão em mínimos de 4 anos, alguns analistas já levantam a possibilidade de repetição do pedido de ajuda internacional.

A diversificação da economia, para reduzir a dependência do petróleo, é um processo que pode demorar 30 anos, diz o economista Manuel Alves da Rocha. Angola precisa de apressar o passo, porque já começa tarde.

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