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Sexta, 05 Dezembro 2014 20:27

BES terá ajudado família Khadafi a retirar dinheiro da Líbia

A queda do BES pôs a descoberto um gigantesco polvo de suspeitas de crimes económicos. Os braços do caso chegaram além fronteiras. As unidades do universo Espírito Santo na Líbia, Angola, Estados Unidos e Suiça são suspeitas de lavagem de dinheiro.

A investigação mais mediática, segundo o The Wall Street Journal, envolve Muammar al-Kadafi. A sucursal do Banco Espírito Santo que operava na Líbia terá ajudado familiares do antigo líder a movimentar dinheiro para dentro e fora do país, após 2011, quando teve início a rebelião que acabou com o regime de Kadafi.

O Aman Bank, detido em 40% pelo Grupo Espírito Santo, terá sido uma peça essencial nestes alegados crimes, pois nos dias dificeis na Líbia era das poucas instituições que podiam movimentar recursos financeiros.

Os procuradores de Nova Iorque estão também com o BES Miami no radar. Tentam descobrir provas de que esteve envolvido em "atividade de lavagem de dinheiro", feita por um empresário venezuelano - um dos maiores clientes do banco. Desde há um ano terão passado pelo banco grandes quantias de dinheiro. Entravam na conta do empresário venezuelano, vindas da Agência Estatal de Habitação.

Eram depois transferidas para paraisos fiscais como as Ilhas Caimão e a Suíça. Na Suiça já foram realizadas buscas nos escritórios do Grupo Espírito Santo, em Setembro, numa investigação de lavagem de dinheiro. E em Angola, garante o jornal norte-americano, há suspeitas dos mesmos crimes, através do BES Angola.

RTP

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