O presidente angolano, João Lourenço, vai negociar com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, uma moratória do serviço da dívida, de forma a aliviar a enorme pressão sobre os cofres públicos e a falta de liquidez que atualmente afeta a economia do país.
A consultora Oxford Economics considerou hoje que a manutenção do ‘rating’ de Angola pela agência de notação financeira Standard & Poor's sublinha a capacidade de Angola servir a dívida nos próximos três anos sem financiamento externo.
O empresário Rui Santos disse hoje que a escassez de divisas em Angola resulta do pagamento de dívidas externas, criadas ao abrigo de linhas de crédito bilaterais, considerando ser este “o grande problema”.
O governo angolano vai privilegiar empréstimos com prazos de reembolso mais alargados e período de carência de, pelo menos, cinco anos, e estima conseguir reduzir o peso do serviço da dívida para um máximo de 45% até 2026.
O analista que segue a economia de Angola na consultora Capital Economics considerou hoje que Angola é o país da África subsaariana mais em risco de entrar em incumprimento financeiro, depois dos 'defaults' da Gana, Zâmbia e Etiópia.