A Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) anunciou hoje a sua previsão para o preço do barril na segunda metade do ano, deixando antever que está no início a recuperação. Mas não apontou metas nem estimou até onde pode subir.
O cartel de que Angola faz parte diz apenas que se "antecipa uma maior procura" nos meses que se avizinham e até ao final do ano, conforme se pode ler em documento assinado pelo ministro da Energia do Catar, que lidera actualmente a OPEP, Mohammad Bin Saleh Al Sada.
O governante do Catar deu mesmo a entender que se vai assistir a um importante reequilíbrio do mercado do petróleo.
Na origem desta melhoria das estimativas para o petróleo vendido pelos países da OPEP, estão os números recentes que tomam como certa a recuperação do sector exportador da China, a redução das reservas, em particular as norte-americanas, e a quebra da produção em alguns países, como é o caso do Canada e da Nigéria, este último por causa das acções de guerrilha no Delta do Níger.
Uma das linhas mais importantes deste comunicado assinado por Mohammad Al Sada é o anúncio da disponibilidade da direcção do cartel para estudar em continuidade a situação de forma a fazer o melhor para garantir a estabilidade do mercado.
Nesse contexto, Al Sada informou que haverá uma reunião informal dos países da OPEP durante o Fórum Internacional da Energia, agendado para entre 26 e 28 de Setembro, que terá lugar na capital argelina, Argel.
Este encontro está a ser abordado com expectativa pelo sector, porquanto contará com mais de seis centenas de participantes, quase todos com interesse directo na evolução dos preços, incluindo empresas e companhias petrolíferas, mas também a OPEP e a Agência Internacional de Energia (AIE).
O Fórum Mundial da Energia conta com 74 membros e, tradicionalmente, para ele convergem todos os pesos-pesados do sector, sendo as indicações dele retiradas importantes elementos para a consolidação de tendências.
Olhando para os valores apontados na imprensa especializada, um número emerge como ideal para a consolidação e normalização do mercado petrolífero: 70 dólares norte-americanos.
NJ