"Os indicadores do banco revelam uma deterioração contínua da sua situação financeira e patrimonial, os fundos próprios encontram-se negativos, os resultados de exploração também foram-se deteriorando, face aos elevados custos de exploração", disse Maria do Carmo Silveira em declarações à agência Lusa e televisão pública são-tomense (TVS).
A operar no mercado financeiro são-tomense desde 2003, o Banco Equador "vem conhecendo dificuldades crescentes", que obrigou, segundo Maria do Carmo Silveira a adoção de medidas com vista a corrigir a situação.
"A falta de liquidez foi-se agravando ao longo dos anos, tendo atingido níveis inaceitáveis, o valor dos passivos é largamente superior aos dos ativos, portanto o banco está insolvente e por esta razão não pode continuar a operar no mercado", acrescentou a governadora do Banco Central são-tomense.
"Estando esgotados todos os mecanismos, instrumentos legais e normativos para a recuperação da referida situação o Banco Central decidiu cancelar a sua licença de funcionamento e requerer ao tribunal a declaração de falência do Banco Equador", explicou.
Maria do Carmo Silveira acrescentou ainda que há um conjunto de medidas, que vão ser tomadas, com vista a salvaguardar os depositantes. Aliás já foi criado um gabinete de atendimento aos clientes.
Saliente-se que o Banco Equador foi constituído com um capital social de 7 milhões de dólares norte-americanos e tem como acionistas a Monbaka – Sociedade de Empreendimentos, Lda. e o Grupo António Mosquito, que representam 89,99% das acções. Os restantes 10% são representados por investidores são-tomenses.