José Pedro Morais, que fez o desmentido no final da inauguração da Sala de Recontagem da delegação regional , garantiu que Angola tem “relações normais” com os Estados Unidos e que as instituições financeiras norte-americanas “não têm nenhum tipo de contradições ou sanções com as instituições angolanas”.“O que existe é uma nova abordagem do sistema bancário internacional relativa a determinadas práticas que têm a ver com a não circulação de notas físicas, medida já fixada nos regulamentos do BNA”, sublinhou o governador.
“Temos regulamentos que desencorajam a população a levantar as notas físicas em kwanzas, a não ser para necessidades muito específicas justificadas, e a medida aplica-se também à circulação de dólares”, disse o governador do Banco Nacional de Angola. José Pedro Morais acentuou que os bancos estão a ser aconselhados “a reduzir consideravelmente o manuseio de notas físicas” e que “o país continua a ter a disponibilidade de dólares”.
O governador do Banco Nacional de Angola referiu que “os bancos vão começar a introduzir os meios de pagamentos mais modernos” e que “usar uma nota física para pagamentos é um modo de actuação da pré-história bancária”. O responsável salientou que não são aceitáveis “estas práticas antigas” numa altura em que Angola consegue adquirir empréstimos internacionais num dos maiores mercados financeiros
Também defendeu o interesse de alterar a forma de actuação da banca para tornar o sistema financeiro “imune às ameaças de branqueamento de capitais e o financiamento de terrorismo”. “A utilização de meios de pagamentos modernos significa que as pessoas passam a ter menos dólares nas mãos, mas mais cartões de créditos e transferências bancárias”, esclareceu.
“O objectivo do BNA é tornar o sistema financeiro angolano comparável com outros processos bancários existentes no mundo”, afirmou o governador.
Pedro de Morais garantiu que a economia angolana “está estável, forte e com muitos desafios” depois das quedas da receita fiscal e lembrou que o Executivo continua empenhado em ultrapassar as principais dificuldades que enfermam o sistema financeiro do país.
“A componente pública da economia angolana representada pelos investimentos públicos e pelas administrações públicas já está ajustada, faltando agora ao sector privado da economia do país ajustar-se ao fortalecimento do desenvolvimento e crescimento económico de Angola”, declarou.
A nova Sala de Recontagem agora inaugurada facilita a contagem de notas de menor valor facial, a recuperação das que estão em mau estado de conservação, detenção das falsas e a recolha das para circulação no mercado.
Jornal e Angola