De acordo com informação oficial enviada hoje à Lusa pelo banco, em apenas uma semana serão alterados, com a nova imagem corporativa, 16 balcões em Luanda e seis nas províncias, mas "todos os balcões terão cartazes Banco Económico até ao início de julho".
Inspirada na cor púrpura escura e azul-cobalto, por contrate com o ainda verde, a nova imagem corporativa, garante a instituição, será implementada "de forma faseada, para que toda a rede de balcões esteja completamente transformada com a maior celeridade".
É que até agora, a imagem da histórica família banqueira portuguesa mantinha-se presente em todos os balcões do ex-BESA.
Nesta primeira fase, a identidade corporativa será aplicada no sítio de internet, sistemas e documentos digitais, em todo o estacionário do banco e nos formulários para os clientes. Seguidamente serão alterados os balcões da rede e também serão reformulados os cartões e outros meios de pagamento, explica o banco angolano.
Intervencionado pelo Banco Nacional de Angola em agosto, depois do colapso do BES português e devido ao volume de crédito malparado, o BESA foi transformado, por decisão dos novos acionistas, em Banco Económico, a 29 de outubro.
"A imagem corporativa do Banco Económico é inspirada, orgulhosamente, na cultura africana porque reafirma a sua angolanidade, ao mesmo tempo que transmite uma projeção aspiracional para o futuro", refere a instituição.
Define também um posicionamento "muito focado no conceito de banco relacional, assente numa cultura de maior proximidade e total disponibilidade para os seus clientes", mas assumindo-se também como um "banco especialista", com "um sólido 'know how' do mercado e da economia angolana".
"A identidade do Banco Económico cria uma oportunidade para o banco implementar o seu posicionamento no mercado, estruturar a sua oferta, os seus valores e a sua estratégia de marketing e comunicação, com um racional de diferenciação muito sólido", conclui a mesma informação.
A estrutura acionista anterior era composta pelo BES português, com 55,71%, e pela Portmill, com 24%, participações que foram diluídas, face ao aumento de capital concretizado - por determinação do banco central angolano - a 29 de outubro, o que ditou as mudanças na designação do banco.
Contudo, o BES considerou na altura que as decisões tomadas nesta assembleia-geral são "inválidas e ineficazes", alegando que a sua representante foi impedida de participar na reunião, sob o pretexto de se ter atrasado e afirmando que irá "agir em conformidade".
O português Novo Banco ficou com uma participação de 9,9% no capital social do Banco Económico, por conversão de 53,2 milhões de euros do anterior empréstimo do BES português, de 3.300 milhões de euros.
À nova posição da petrolífera angolana Sonangol - 35% do capital social - somam-se os quase 20% da sociedade Geni, que se mantém como acionista, enquanto os chineses da Lektron Capital também entraram no capital social, com uma quota de 35%.
Lusa