"O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real em 2022 foi de 3%, ligeiramente melhor que a nossa estimativa de 2,9%; a economia não petrolífera, que representa 75% do PIB, foi o principal motor do crescimento económico do ano passado, com uma expansão de 4%, impulsionada pelo abrandamento das medidas contra a pandemia de covid-19 e melhoria das políticas económicas durante a implementação do programa do Fundo Monetário Internacional (FMI), que apoiou o crescimento abrangente", dizem os analistas.
Num comentário aos números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano no final do mês passado, que dão conta de uma expansão do PIB de 2,6% no último trimestre e de 3% no total do ano, o departamento africano desta consultora londrina escreve que "olhando para 2023, a previsão aponta para um declínio na produção petrolífera, que vai impulsionar uma moderação modesta do crescimento económico para 2,3% este ano, com a produção petrolífera a cair de 1,140 milhões de barris por dia em 2022 para 1,127 milhões este ano".
Relativamente ao último trimestre do ano passado, os consultores dizem que o declínio de 5% face ao período homólogo de 2021 foi o principal entrave à aceleração do crescimento: "O INE diz que o declínio nas margens de refinação e na procura internacional de crude afetou negativamente o mercado angolano", a que se junta a desaceleração da produção, que caiu de um crescimento de 8,3% no terceiro trimestre de 2022 face ao período homólogo, para 0,8% no último trimestre do ano passado.