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Segunda, 29 Agosto 2022 14:29

Departamento dos Estados Unidos apelam aos angolanos que "se expressem pacificamente"

O Governo norte-americano apelou hoje aos angolanos para que “se expressem pacificamente” e instou a que “quaisquer reclamações” relativas às eleições de 24 de agosto sejam resolvidas ao abrigo da lei.

“Apelamos a todas as partes para que se expressem pacificamente e que resolvam quaisquer reclamações de acordo com os preceitos legais aplicáveis ao abrigo da lei angolana”, disse o gabinete do porta-voz do Departamento de Estado em comunicado.

Segundo a mesma nota, os Estados Unidos da América (EUA) “observaram a ampla participação” dos angolanos nas eleições de quarta-feira e continuarão a “acompanhar de perto o processo eleitoral”.

“Ansiamos trabalhar juntos no caminho por uma Angola mais segura e próspera para todos”, acrescentou o gabinete do Governo norte-americano.

Segundo dados divulgados pela CNE, o MPLA venceu as eleições em Angola com 51,17% dos votos contra 43,95% da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), segundo os resultados definitivos anunciados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

Segundo os dados apresentados, votaram 44,82% dos 14,4 milhões de eleitores, com 1,67% de votos brancos e 1,15% de votos nulos.

O MPLA arrecadou 3.209.429 de votos, elegendo 124 deputados, e a UNITA conquistou 2.756.786 votos, garantindo 90 deputados.

O plenário da CNE proclamou assim Presidente da República de Angola, João Lourenço, cabeça de lista do MPLA, o partido mais votado e vice-presidente, Esperança da Costa, segunda da lista do MPLA.

Os resultados divulgados confirmam os dados provisórios anunciados na sexta-feira que apontavam já para a vitória do MPLA, que a UNITA contesta.

O Partido da Renovação Social (PRS) é o terceiro partido mais votado com 1,14% do total, elegendo dois deputados, seguindo-se a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), também com dois assentos parlamentares e 1,06% dos votos.

O Partido Humanista de Angola (PHA) é a nova formação política do parlamento angolano, estreando-se com dois deputados depois de conquistar uma votação de 1,02%.

A Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), que tinha 16 parlamentares, perde todos os assentos, não indo além dos 0,76% dos votos.

A Aliança Patriótica Nacional (APN) e o Partido Nacionalista para a Justiça (P-Njango) são os outros dois partidos concorrentes que não conseguiram mandatos e ficaram abaixo de 0,50% devendo ser declarados extintos.

Foram escrutinadas 26.488 mesas de votos distribuídas nos 164 municípios correspondentes a 18 províncias do país e 45 mesas de votos distribuídas na diáspora (África do Sul, Alemanha, Bélgica, Brasil, Congo, Republica Democrática do Congo, França, Holanda, Namíbia, Portugal, Zâmbia e Grã-Bretanha).

No entanto, o líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, contestou na sexta-feira a vitória do MPLA e pediu uma comissão internacional para comparar as atas eleitorais na posse do partido com as da CNE.

As autoridades angolanas têm reforçado o policiamento em zonas sensíveis da cidade e têm impedido a realização de qualquer manifestação de opositores ou ativistas contra os resultados das eleições de 24 de agosto.

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Last modified on Segunda, 29 Agosto 2022 17:58