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Quinta, 31 Dezembro 2020 10:40

Estratégia de Angola para o petróleo é positiva - Fitch Solutions

A consultora Fitch Solutions considera que a estratégia de exploração de petróleo em Angola, aprovada em outubro por decreto presidencial, é positiva e melhora a perspetiva de evolução do setor, fundamental para relançar a economia.

"Os novos blocos atribuídos na última ronda de licenciamento oferece potencial para crescimento das reservas e da produção no futuro, ao passo que as mudanças no panorama fiscal e regulamentar também apontam para passos na direção certa, melhorando a atratividade do setor para os investidores internacionais", escreveram os analistas da Fitch Solutions.

Numa análise ao setor do petróleo e gás, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas desta consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings escrevem que "a estratégia de exploração de hidrocarbonetos entre 2020 e 2025 melhora a perspetiva de evolução do setor do gás e petróleo em Angola".

Na análise, a Fitch Solutions estima que a produção suba de 1,2 milhões de barris este ano para cerca de 1,3 milhões de 2021 até 2023, alertando que o cumprimento das metas definidas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo, em que Angola vai ocupar a presidência rotativa a partir de 01 de janeiro, "vai pesar na produção até abril de 2022".

Partindo da referência de 1,5 milhões de barris diários, Angola teve de cortar a produção em 277 mil barris no segundo semestre deste ano, abrandando depois o corte para 247 mil nos primeiros seis meses de 2021.

"Dependendo das condições do mercado, estes cortes vão gradualmente cair para 196 mil barris por dia em abril, e deverão manter-se neste nível até abril de 2022", escrevem os analistas.

Olhando para o setor mais importante da economia angolana, os peritos da Fitch Solutions apontam como principais pontos fortes "um setor petrolífero solidamente implantado, com infraestrutura desenvolvida e uma indústria de serviços diversificada, águas profundas por explorar, subdesenvolvimento das reservas de gás e um regime de licenciamento e fiscal estável".

Por outro lado, entre as fraquezas estão "os desafios no ambiente de negócios infetado pela corrupção a alto nível, a pesada presença do Estado na indústria através da Sonangol e um pequeno mercado interno para o gás".

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