"As medidas de saneamento visam a reposição dos termos de sustentabilidade financeira e operacional do banco, harmonizando-as com as normas vigentes para o exercício da atividade comercial bancária no país. Não contemplando, para já, a intervenção do Estado desse banco ou o envolvimento de quaisquer fundos públicos", esclareceu o Governador.
De acordo José de Lima Massano, que falava esta manhã em conferência de imprensa, em Luanda, em causa está a "degradação da carteira de créditos" do BESA - detido até agora em 55,71% pelo BES português -, que "afetou os níveis de liquidez e de solvabilidade" daquele banco e levou à emissão, pelo Estado angolano, de uma Garantia Soberana.
Uma desas medidas, comunicadas hoje, prevê a nomeação, já aprovada pelo conselho de administração do BNA, de uma nova administração para o BESA e que estará em funções, segundo Massano, pelo período máximo de um ano.
Embora sem avançar mais pormenores, o Governador do BNA explicou que as "medidas extraordinárias de saneamento" do BESA foram accionadas porque até agora não foram obtidas "respostas inequívocas dos accionistas" daquele banco "sobre a possibilidade e termos de realização do aumento de capitais próprios", determinado pelo banco central angolano.
Estas medidas visam ainda "garantir a proteção dos depositantes e o cumprimento das demais responsabilidades do BESA" assim como "assegurar a contínua estabilidade do sistema financeiro nacional", de acordo com José de Lima Massano.
LUSA