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Domingo, 25 Mai 2014 13:21

Com drama, Real bate Atlético na prorrogação e leva título

Em partida dramática realizada no Estádio da Luz, em Portugal, o Real Madrid virou para cima do Atlético de Madrid e se sagrou campeão da Liga dos Campeões pela 10ª vez. Na grande decisão continental, a equipe comandada por Carlo Ancelotti empatou um jogo desesperador aos 48min da etapa final e, com gol de Bale, do brasileiro Marcelo e do astro Cristiano Ronaldo na prorrogação, venceu por 4 a 1 para ficar com a taça.

O resultado aumenta a distância do Real como maior vencedor da principal competição continental. Depois do time merengue, o Milan, da Itália, é o grande papa-títulos, com sete conquistas. O time de Carlo Ancelotti quebra, também, um incômodo jejum: a última conquista havia ocorrido em 2002, há 12 anos.

O Atlético de Madrid, por outro lado, permanece em jejum na Liga dos Campeões: nunca foi campeão, sendo que apenas uma vez disputou a decisão antes, em 1974, quando perdeu para o Bayern de Munique, da Alemanha. Como consolo na boa temporada da equipe de Diego Simeone fica o título espanhol confirmado sobre o Barcelona recentemente.

Falha de Casillas

Aos 36min, após levantamento na área, o uruguaio Godín subiu mais do que a zaga do Real Madrid e encobriu o adiantado goleiro Casillas

O Atlético de Madrid foi quem sentiu o primeiro baque na final da Liga dos Campeões. O atacante brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa, que sofreu nos últimos dias com problema muscular na coxa e chegou a fazer tratamento alternativo com placenta de cavalo, alimentou as esperanças ao ser escalado titular, mas ficou apenas 9min. Deu lugar a Adrián e correu direto ao vestiário.

Em campo, os times fizeram confronto nervoso, especialmente com a truculência dos jogadores do Atlético, que abusaram dos carrinhos – as discussões e empura-empurras foram constantes. Na melhor chance do Real, o zagueiro Tiago falhou na saída de jogo, Bale invadiu a área em velocidade e bateu rente à trave esquerda. A jogada foi lamentada porque havia outros dois companheiros em posição legal.

O Atlético de Madrid, por sua vez, conseguiu aproveitar a falha adversária para abrir o placar. Aos 36min, Gabi cobrou escanteio, Casillas saiu mal do gol e viu Godín ganhar disputa pelo alto para dividir de cabeça; a bola pingou na grande área e foi em direção ao gol enquanto o goleiro tentava a recuperação, mas a defesa, feita já dentro da meta, não adiantou, e o marcador foi inaugurado.

Salvação nos acréscimos

No segundo tempo, o Atlético de Madrid adotou postura mais defensiva, enquanto o Real Madrid levou suas investidas à velocidade máxima, embora apostando muito nas bolas alçadas na área. Quando ficava com a bola, os atleticanos conseguiam prendê-la no ataque, incluindo série de escanteios conseguidos.

Cristiano Ronaldo assustou em cobrança de falta defendida por Courtois aos 9min. Aos 18min, Isco cruzou da esquerda e o atacante português cabeceou rente à trave. Carvajal encontrou Bale dentro da área após troca de passe aos 29min, mas o chute foi para fora. Cristiano Ronaldo tentou finalizar bola alçada com uma meia bicicleta, mas mandou por cima aos 31min.

A pressão e a tensão atingiram níveis altíssimos, mas a defesa do Atlético de Madrid - a melhor da Liga dos Campeões - foi fazendo efeito, assim como a cera de alguns jogadores que passaram a ficar caídos no gramado antes de substituições e após dividas. Nos 5min de acréscimos decretados, o Real se salvou: aos 48min, Sérgio Ramos cabeceou em cobrança de escanteio e levou o jogo para a prorrogação.

Prorrogação, virada e goleada

A prorrogação começou com o Real Madrid em alta e o Atlético, se não psicologicamente abalado, mais cauteloso. O time de Carlo Ancelotti fez a bola girar, mas teve poucas chances, além de permanecer à mercê do rival durante todo o tempo. A tensão só mudou aos 5min do segundo tempo extra, quando Di María fez grande jogada pela esquerda, passou entre dois marcadores e bateu cruzado. Courtois rebateu e, na sobra, Bale completou de cabeça.

O Atlético de Madrid tentou reagir e se atirar para cima, mas encontrou dificuldades e deixou a defesa ainda mais desguarnecida. Aos 12min, as esperanças acabaram de vez nos pés do brasileiro Marcelo. O lateral esquerdo, que saiu da reserva para o confronto, invadiu a área pela esquerda e bateu forte para fazer o terceiro. Ainda deu tempo de Godín fazer pênalti em Cristiano Ronado. Em casa, o português fechou a goleada do Real e a conquista do título. Antes de a festa ser confirmada, houve ainda momento de tensão do técnico Diego Simeone, que chegou a invadir o gramado para discutir com jogadores adversários. Ele acabou expulso. O Real acabou campeão.

Reuters

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