Os bispos católicos angolanos manifestaram-se hoje preocupados com o agravamento da pobreza em Angola, considerando que os tumultos registados em julho passado "revelaram buracos sociais, familiares e institucionais muito profundos" que devem despertar o país para "urgente transformação".
O presidente da Conferência Episcopal de Angola e S. Tomé (CEAST) afirmou hoje, em Lisboa, que há uma “fuga fora do comum” de angolanos para o exterior, um sinal da incapacidade do poder político em promover o desenvolvimento.
Encontro de Bispos Lusófonos em Lisboa faz ecoar a mesma mensagem entre os superiores de cada país. Pedem colaboração e responsabilidade nos governos, bem como acolhimento, dignidade, e justiça.
Líderes religiosos disseram hoje que Angola vive momentos difíceis de pobreza e miséria, pedindo aos cidadãos urbanidade e civismo nas suas “justas reivindicações”, e defenderam que as autoridades devem promover o diálogo e não ignorar o desgaste da população.
Bispos católicos angolanos apontam o "alarmante" desvio de fundos públicos, a "escandalosa" expatriação de capitais e os "discursos vazios", contrários à realidade do país, como "sombras e insuficiências" nos 50 anos de independência de Angola.