O gabinete de estudos do Banco Fomento Angola (BFA) prevê que a produção de petróleo em Angola caia para 1,3 milhões de barris por dia devido ao cancelamento e adiamento dos investimentos previstos para este ano.
Os operadores petrolíferos estão com dificuldades em vender crude da África Ocidental, numa altura em que o coronavírus está a reduzir a procura por parte da China e em que os refinadores europeus hesitam em comprar devido às margens fracas.
A consultora Fitch Solutions considerou hoje que a produção de petróleo em Angola deverá cair 41%, equivalente a 550 mil barris até 2028, quando comparada com os níveis de 2019, para 762 mil barris por dia.
A consultora Capital Economics considerou hoje que o acordo comercial entre a China e os Estados Unidos pode influenciar a venda de petróleo de Angola ao gigante asiático, acentuando a previsão de recessão este ano.
Angola exportou, em 2019, cerca de 479 milhões de barris de petróleo, a um preço médio de 65,2 dólares (59,2 euros) por barril, totalizando receitas de 31,2 bilhões de dólares (31,2 mil milhões de dólares).