Segundo o presidente da União das Cooperativas e Associações de Taxistas e Mototaxistas, António Freitas, as negociações foram retomadas depois da ameaça de paralisação dos serviços, hoje, que acabou por não se concretizar.
António Freitas frisou que o Governo Provincial de Luanda chamou os taxistas, na sexta-feira, para ouvir as suas inquietações face ao anúncio da intenção de pararem devido ao fim da subvenção do preço da gasolina, decretado pelo Governo, a partir de 30 de abril.
O Governo angolano anunciou a 01 de junho do ano passado, a retirada gradual do subsídio aos combustíveis, que começou pela gasolina, mas isentando algumas atividades económicas, incluindo as de táxis e mototáxis que recebiam este desconto através cartões com um 'plafond' diário, que vai acabar no final do próximo mês.
A intenção de paralisar as atividades de táxis e mototáxis foi comunicada em 11 de março ao Governo Provincial de Luanda, depois de apresentadas em 08 de janeiro as reivindicações relativas a seis pontos, que passam pela criação de paragens de táxis e definição de rotas, subvenções aos combustíveis e regulação da atividade, entre outros.
Para o Governo, realçou António Freitas, enquanto continua a subvenção não há motivo para os taxistas paralisarem o serviço, sugerindo que apresentem neste período a proposta para o aumento da tarifa.
"Temos um prazo de 15 dias para apresentarmos a nossa proposta, o encontro foi na sexta-feira, e hoje começaram as negociações", disse à Lusa António Freitas, salientando que pretendem que a tarifa do táxi suba para 300 kwanzas (0,33 euros).
O Governo angolano iniciou, em junho de 2023, a retirada gradual do subsídio aos combustíveis, que começou pela gasolina, mas isentando algumas atividades económicas, na qual se inclui taxistas e mototaxistas, aos quais era entregue um cartão com um 'plafond' diário de 7.000 kwanzas (oito euros) para cobrir o diferencial entre os 160 kwanzas (0,17 euros) por litro, que custava a gasolina, e os atuais 300 kwanzas (0,33 euros).
Os táxis privados de nove lugares, conhecidos como candongueiros ou "azuis e brancos" e os mototaxistas são os meios de transporte mais baratos e populares em Angola, com destaque para Luanda, onde milhares de jovens se dedicam a esta atividade.
A União e Associações e Taxistas e Mototaxistas congrega quatro cooperativas e três associações.