"Ao trabalhar com mercados emergentes é muito importante compreender o ambiente de negócio e as necessidades do mercado-alvo", afirmou este domingo, 4 de de Setembro, Isabel dos Santos, que participou como oradora na reunião "Leader de Futuro", uma iniciativa do "think tank" The European House - Ambrosetti Forum, que docrreu no Lago Como, em Itália.
Na intervenção que fez, segundo um comunicado enviado pela sua assessoria, Isabel dos Santos defendeu a ideia de que não se deve "deixar que expectativas ou estereótipos dificultem o caminho" dos empreendedores. A presidente da Sonangol e da Unitel lembrou a importância da utilização do conceito de "inovação revertida" nos chamados mercados emergentes, a qual assenta na necessidade destes mercados "terem produtos mais simples e de baixo custo, levando então à criação de produtos feitos à medida para determinado mercado, os quais podem ser melhorados para os mercados desenvolvidos".
Isabel dos Santos evocou um estudo de Deloitte, onde se conclui que a classe média africana triplicou nos últimos 30 anos, um movimento que sugere que irá aumentar 42% até 2060, tornando-se assim um mercado cada vez mais relevante para este tipo de produtos.
Isabel dos Santos, que interveio neste fórum internacional num painel sobre África, defendeu que "uma ideia e a capacidade de inovar está no centro de qualquer negócio", mas alertou que "tanto é importante nutrir as ideias e convicções, para que se desenvolvam como negócios eficazes, como é necessário saber quando suspendê-las, seja porque seriam impossíveis, ou então por serem demasiado rebuscadas, especialmente em mercados emergentes".
Neste conferência internacional, que reuniu empresários, economistas e políticos de todo o mundo, Isabel dos Santos afirmou que "os empreendedores devem inovar constantemente para corresponder às necessidades sempre em mudança dos consumidores, e lidar com a concorrência crescente e com os avanços tecnológicos, porque sem inovação, a liderança fica estagnada".
Jornal de Negocios