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Terça, 12 Julho 2016 13:04

JA acusa Agualusa de fugir quando as tropas do apartheid queria cria a “República do Savimbi”

Pravda do partido no poder o Jornal de angola público hoje um artigo sob o título ‘Pacheco e os mortórios de Agualusa’ onde atacam escritór José Eduardo Agualusa e Historiador angolano Carlos Pacheco que AO24 publica na integral.

Agualusa nos tempos gloriosos de Karl Kraus, o escritor e jornalista maldito de Viena, seria um escriturário de quinta categoria. Naquele Portugal atolado nos escombros do império, é escritor. Mas no essencial, apenas muda a palavra. Quem tem um conflito insanável com a gramática, se for arvorado em escriturário, deve dar-se por muito feliz.

Agualusa vê-se que vive feliz com ele próprio sempre a olhar para o umbigo.Escreveu um arrazoado para a “Rede Angola” e ao contrário de Carlos Pacheco, que nos seus delírios da história da carochinha citou mil autores e um milhão de obras, apenas se citou a ele e logo o seu “romance” mais parecido com obras sérias de outros autores. Mas ele é assim, a maior parte dos retornados adoram-no, os maninhos premeiam-no, os distraídos chamam-lhe escritor e ele acredita. Vai daí, vem a público responder pelo Pacheco, ataca o artista plástico Luandino Carvalho e os jovens angolanos que estiveram de forma pacífica e urbana na Torre do Tombo.

Engraçado, Agualusa não desmente nada, não se pronuncia sobre o conteúdo do texto de Luandino, não se manifesta sobre o passado de lusito e militar comando de Pacheco. O grande historiador que fazia discursos no palácio do governador colonialista em nome da juventude angolana, não lhe diz nada. Pacheco ter feito parte dos comandos que perpetraram massacres de camponeses e patriotas angolanos, para Agualusa não interessa nada. Percebe-se porquê: O escritor tãoapreciado pelo lixo colonialista que ainda pulula em Portugal, é farinha do mesmo saco do historiador faz de conta. Ainda bem que se demarcam de nós, os que lutamos pela liberdade e a Independência Nacional. “Pacheco” defende Pacheco, mesmo!

Grave seria se Agualusa dissesse bem dos revolucionários que conduziram Angola à Independência Nacional, ajudaram a libertar a Namíbia, o Zimbabwe e a África do Sul. Abriram, as portas do cárcere a Nelson Mandela. Um retornado anacrónico e inorgânico só pode dizer mal das instituições angolanas, dos seus órgãos de soberania, dos políticos que derrubaram o império português, derrotaram o regime de  apartheid de Pretória e derrotaram, o banditismo savimbista.

Agualusa quer que os titulares do poder político em Angola transformem as livrarias, os cafés e as barbearias em agências funerárias. O escriturário assim-assim, o sanguinário assassino da Gramática da Língua Portuguesa enganou-se nos destinatários. Quem transformou a Jamba numa fogueira onde foram imoladas mães e crianças foram os seus amigos e aliados. Quem fez tudo para somalizar e reduzir Angola a pó foram os seus amigos políticos angolanos, portugueses e de outras origens. Quem assassinou a sangue frio os seus conterrâneos Bernardinos, Marcelinos e tantos outros quadros causou em Angola milhões de mortos, deslocados e refugiados foram os mentores de Agualusa.

O arremedo de escritor é um activista de primeira linha contra o “regime angolano”. Mas não se lhe conhece qualquer actividade política ou cultural contra os colonialistas, os portugueses saudosos do império, os turistas da Jamba, os apoiantes da UNITA em Portugal quando os seus dirigentes estavam sob sanções da ONU. Agualusa vai dizer que saiu de Angola adolescente e não teve escolha. Mas eu digo-lhe que em 1975, muitos angolanos da sua idade defenderam a liberdade e lutaram pela Independência Nacional de armas ou de caneta na mão. Pertenciam, de alma e coração, ao “bando do Neto”como diz o outro.

Quando as tropas do apartheid lançaram o assalto ao Planalto Central para criarem a “República do Savimbi”, Agualusa já tinha 27 anos.  Fugiu. Quem escreveu uma vez no Folha 8 os episódios inconfessos dessa fuga foi o William Tonet. Não se ofereceu para ir combater pela soberania nacional e a integridade territorial. Não escreveu uma linha a condenar as invasões sul-africanas e os gravíssimos crimes que as suas tropas cometeram contra o Povo Angolano. Nem um ai. Tantos jovens portugueses e angolanos que saíram em 1975 regressaram a Angola imbuídos pelo espirito de ajudar o país novo. Agualusa nunca quis voltar. Teve medo do escuro? Teve medo do bicho papão? Agora é um activista contra os que derrotaram o colonialismo,  o banditismo savimbista e os racistas de Pretória. Grande patriota este Agualusa!

O rapazito cita uma parte do texto de Luandino Carvalho, propositadamente truncada, para provar que ele e Pacheco são os donos da verdade e ele (Luandino) passa de um “agente do regime”.  Ora o que foi dito era que "Agostinho Neto esteve apenas quatro anos no poder", sim. Mas disse mais: que ao fim de um ano e meio foi vítima de um golpe de estado dos racistas de Nito Alves (também amigos de Pacheco e Agualusa) e que todo o tempo em que esteve no poder teve de combater contra invasores estrangeiros e matilhas de mercenários. Portanto, um libertador nunca pode ser um ditador. Esta parte Agualusa omitiu, manipulou, deturpou. Fez como o Pacheco, mas com menos categoria e menos fôlego intelectual e cultural. Comparou Hitler a Agostinho Neto para defender a sua tese. Vale a pena comentar isto?

Agualusa, como um dia escreveu alguém, é um falso escritor e como angolano não passa de um impostor. Como político ainda vale menos. Os jovens angolanos trajados de camisas brancas que foram ao lançamento das provocações de Pacheco na Torre do Tombo são tratados por Agualusa como marginais, apenas por estarem em desacordo com o lusito e antigo comando das tropas colonialistas. A liberdade de  expressão é só para o bando dos ressabiados vestidos de camisas pretas que fazem vigílias financiadas pelos mesmos que durante décadas financiaram a guerra contra o povo angolano? O “Pacheco” escriturário que vive do nada em constante conflito com a gramática e com o seu passado, o escritor do banditismo savimbista devia ter mais tino. E um nadinha de vergonha. Quem tem razão é a  Patrícia Faria: “Sai daqui ó Pacheco!”

 

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