Segundo o acórdão do Tribunal, a que a Angop teve acesso, o juiz decidiu, também, aplicar uma pena de quatro anos e três meses de cadeia efectiva a Justina Lufumua Lukoki “Jussila”.
As rés Maiamba Brigida Fernandes e Rita Ferreira foram condenadas a três anos e três meses de prisão efectiva, tendo o Tribunal lhes condenado a pagarem, solidariamente, à ofendida, por danos patrimoniais, a quantia em Kwanzas a oito mil dólares e uma indemnização no valor de cinco milhões de Kwanzas.
Todos foram acusados dos crimes de roubo qualificado, injúria, difamação e ofensas corporais voluntárias.
O caso “ Neth” decorre do facto de uma cidadã, identificada por “Jussila”, ser acusada de ter agredido e colocado gindungo (piri-piri) nos órgãos genitais da amiga Nikilauda Vieira Dias Galiano “Neth”, após ter sido encontrada, num quarto de hotel, em Luanda, com um homem que ambas estariam a partilhar (Miguel Ventura Catraio).
No dia da agressão, em Abril de 2015, “Jussila” fez-se acompanhar de um grupo de nove mulheres que gravaram o episódio e que acabou partilhado nas redes sociais.
Miguel Catraio é acusado de ser o mentor moral do crime.
O julgamento decorreu durante cinco meses, orientado pelo juiz Domingos Januário, sendo o único caso do género conhecido das autoridades angolanas .
Angop