Quarta, 06 de Agosto de 2025
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Terça, 05 Agosto 2025 22:16

Medidas de apoio às empresas vandalizadas publicadas em Diário da República

As medidas imediatas do Executivo angolano de apoio às empresas afectas por actos de vandalismo ocorridos entre os dias 28 e 30 de Julho deste ano, na sequência da paralisação dos taxistas, estão publicadas em Diário da República e vigoraram a partir desta terça-feira.

A iniciativa, que consta no Decreto Presidencial nº 150/25 de 4 de Agosto, visa permitir a recuperação das referidas empresas, retoma das suas actividades comerciais e a manutenção dos postos de trabalho.

Entre as medidas, destaca-se a linha de crédito com um limite de 50 mil milhões de kwanzas, a ser operacionalizada pelo Banco de Poupança e Crédito (BPC), para a concessão de crédito às empresas afectadas.

Segundo o diploma, esse montante servirá para reabilitação de instalações e aquisição de equipamentos danificados, reposição de mercadorias danificadas ou roubadas e o pagamento de salários.

As empresas devem estar formalmente constituídas e registadas, ter a sua situação contributiva regularizada, devendo os seus representantes submeter ao BPC um pedido, detalhando o valor do empréstimo que pretendem contratar, as finalidades e modalidades de utilização, em conjunto com a documentação descrita no inciso.

Constam, igualmente, dos requisitos, a apresentação da prova do dano, através de uma certidão emitida pelo comando da Polícia Nacional.

Por outro lado, o Decreto Presidencial estabelece um prazo para submissão do pedido de empréstimo de até o dia 1 de Setembro de 2025, enquanto a autorização do financiamento deve ser feita até 20 dias, a contar da data de recepção do pedido do empréstimo e de todos os documentos de suporte. Com uma taxa de juro de 5% ao ano, o crédito tem um período de carência de nove meses.

No domínio fiscal, estão previstos o reembolso prioritário de 100% do IVA às empresas afectadas, isenção por três meses do pagamento de contribuições devidas pelas entidades empregadoras à Segurança Social, correspondente a 8% do valor da remuneração bruta mensal dos seus trabalhadores registados na segurança social.

A par dessas medidas de apoio, os empresários dispõem também de outra linha de financiamento de 25 milhões de dólares para permitir importar equipamentos, produtos e bens que o país não dispõe.

As referidas medidas foram anunciadas segunda-feira (4) pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, após uma reunião com os empresários lesados.

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