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Sexta, 03 Fevereiro 2023 15:56

TCUL sana parte das dívidas e organiza-se para privatização

A empresa pública de Transporte Colectivo Urbano de Luanda (TCUL) registou avanços "significativos" na redução da dívida para com os credores, um passo que prepara a empresa para a privatização ainda sem data.

A constatação é do presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão de Activos e Participações ldo Estado (IGAPE), Patrício Vilar, que reuniu esta sexta-feira, com os membros da direção da TCUL.

Segundo Patrício Vilar, a TCUL já pagou a dívida do seu maior credor, tendo sido também paga 50% do seu segundo maior credor, sem no entanto ter avançado nomes e valores.

“Damos o nosso reconhecimento pelo trabalho meritório feito, nos últimos tempos que mostram uma evolução”, enalteceu.

Outro reconhecimento recai à implementação do sistema eletrônico instalado no centro operacional pela referida empresa, que permite a automatização dos processos.

Tal sistema eletrónico permite mais transparência no processo dos subsídios dos bilhetes, contagem dos passageiros, rotas dos autocarros, bem como a receita arrecadada e outras ocorrências, como paragem de um autocarro por muito tempo.

A ferramenta moderna coincide com o momento da criação dos espaços sociais para determinados grupos prioritários.

Outro passo bem notado são os esforços que estão a ser feitos para a melhoria e manutenção dos autocarros que circulam na província de Luanda, com mais de sete milhões de habitantes.

Mas, mesmo assim, existem alguns problemas que precisam ser resolvidos, até que aconteça o anúncio da privatização da TCUL.

Ainda há reservas nas contas auditadas por auditores externos, a questão da legalização do patrimônio da empresa, junto da Conservatória, um processo que já está a ser revisto.

Há outras questões que estão ainda ligadas à dívida e a contabilização dos subsídios ao preço.

“Estes encontros são bons porque permitem encontrar soluções que já se arrastam algum tempo e encontrar canais de facilitação para resolução de alguns problemas, como o reporte financeiro e das reservas colocadas pelos auditores externos”, apontou Patrício Vilar.

Enquanto estas questões não forem revistas, “não será possível privatizamos a TCUL, sem primeiro reestruturarmos o saneamento económico e financeiro da empresa”.

De acordo com Patrício Vilar, é muito difícil privatizar uma empresa sem que o balanço seja sanado, diz haver provas que a TCUL está organizada, para depois avançar para a privatização.

Na ocasião, o presidente do Conselho de Administração da TCUL, Catarino César, disse que a empresa continua a trabalhar na sua reestruturação, que dita o saneamento económica e financeiro que deve ser realizado, para que haja condições da sua privatização no futuro.

“ A empresa ainda apresenta dívidas bastante elevadas, mas grande parte das dívidas do passado algumas foram liquidadas e outras estão em processo de amortização “, garantiu Catarino César.

Até Março de 2022, a TCUL contava com 584 autocarros públicos.

Para a província de Luanda são necessários, pelo menos, mil 800 autocarros para atender o movimento diário de pessoas e bens, de acordo com dados avançados pelo PCA da TCUL, Catarino César, aquando da entrega dos 95 novos autocarros pelo Ministério dos Transportes e o Governo de Luanda.

 

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