Há uma nova equipa à frente da Sonangol que tem de mudar um paradigma de gestão de décadas. Um homem da Sonangol, Sebastião Pai Querido Gaspar Martins é chamado agora à presidência da petrolífera do Estado, e volta a um lugar que conhece. Foi nomeado pela primeira vez para o Conselho de Administração da Sonangol, em 2010, na altura, presidido por Manuel Vicente, e Manuel Nunes Júnior era ministro de Estado para a Coordenação Económica.
Pai Querido Gaspar Martins é licenciado em Engenharia de Minas, pela Universidade Agostinho Neto. Fez várias pós-graduações em diversas escolas internacionais como a Berlitz School, em Houston, nos Estados Unidos.
Com Pai Querido Gaspar Martins, no Conselho de Administração da Sonangol, estão António de Sousa Fernandes, Baltazar Agostinho Gonçalves Miguel, Jorge Barros Vinhas, Josina Marilia Ngongo Mendes Baião, Luís Ferreira do Nascimento José Maria e Osvaldo Salvador de Lemos Macaia. Como não-executivo André Lelo, José Gime, Lopo Fortunato Ferreira do Nascimento e Marcolino José Carlos Moco.
O Presidente João Lourenço exonerou todos os administradores executivos da petrolífera do Estado. A recente crise dos combustíveis em Angola, que inicialmente foi justificada pela falta de diálogo e comunicação entre a Sonangol e a instituições do Estado, foi consequente, não só para os milhares de angolanos que nos últimos dias perderam horas em intermináveis filas para as bombas de gasolina, como para a cúpula de gestão da Sonangol.
Foram chamados ao Palácio da Cidade Alta, logo na segunda os ministros dos Recursos Minerais e Petróleo, da Energia e Águas e das Finanças, bem como o Governador do Banco Nacional de Angola e o PCA da petrolífera estatal, Carlos Saturnino. O Presidente fez perguntas, e, ao que parece, não gostou de todas as respostas que ouviu.
