A proposta de Lei da Institucionalização das Autarquias Locais constituía, entre os nove diplomas levados à discussão na generalidade, aquele com maior potencial para separar as bancadas parlamentares da oposição e a do MPLA, partido do qual, ademais, derivou a proposta. Porém, após aturadas horas de discussão, o documento acabou por merecer votos favoráveis de onde se esperava uma rejeição por motivações políticas.
Depois dos debates, os partidos da oposição mostraram-se, eles próprios, divididos, tendo a proposta de Lei merecido o voto contra de uns e votos favoráveis de outros tantos.
No caso específico da UNITA, partido que mais alto levantou a bandeira anti-gradualista, quase toda a bancada parlamentar votou a favor da proposta do Executivo, exceptuando-se três deputados, nomeadamente, Raul Danda, que votou contra, Mihaela Webba, que se ausentou no momento da votação, e Rafael Sakaita Savimbi, que se absteve. Os demais colegas de bancada votaram favoravelmente, entre os quais David Mendes, que já tinha publicamente manifestado a sua simpatia pelo gradualismo geográfico.
Ao nível da CASA-CE, a proposta mereceu o voto favorável da maioria dos deputados, registando-se, apenas, duas abstenções e um voto contra, sendo que, por seu turno, todo o grupo parlamentar do PRS optou pela abstenção.
A maior bancada parlamentar, o MPLA, votou integralmente a favor da proposta de Lei da Institucionalização das Autarquias Locais.